AFASTAMENTO E ADOECIMENTO DOCENTE NA UNIVERSIDADE
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229v30n4.2023.68Palavras-chave:
professor, universidade, adoecimento, afastamento, Psicologia Histórico-Cultural, atividadeResumo
O objetivo deste artigo é fazer uma discussão sobre o adoecimento docente no Ensino Superior, a partir de dados de afastamentos do trabalho. O adoecimento expresso na dimensão individual se particulariza nos dados da Universidade – espaço de contradições que problematizam um cotidiano desumanizado e aponta para um processo social, universal, do adoecimento. Metodologicamente foram apresentados dados de 2005 a 2019 referentes ao afastamento dos(as) professores(as) de uma universidade pública, indicando que o sentido da prática docente vem sendo permeado pelo processo de alienação e que as formas de resistência ao adoecimento têm sido passivas. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados os relatórios de afastamento que registram as licenças médicas dos docentes da Universidade e o conteúdo de entrevistas de pesquisa realizadas pelos autores. O olhar parte da abordagem da Psicologia Histórico-cultural, no diálogo de seus principais representantes com teóricos da educação. Como resultado, aponta-se a necessidade de se contrapor ao obscurantismo que permeia a sociedade, não sucumbindo ao ideário neoliberal, que insiste em defender que nada pode mudar, que naturaliza o adoecimento, os afastamentos e as licenças médicas.
Entendemos que o adoecimento é resultante de um processo histórico complexo, que compreende o âmbito subjetivo, as especificidades da atividade laboral, o contexto político, social e institucional. Assim o enfrentamento tem que ser coletivo, em direção a proposição de melhores condições de trabalho.
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