Jogo didático Cidade Radioativa: aplicação e análise na visão de licenciandos em química

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2447-5777v9n1.2023.13

Palavras-chave:

História da Ciência, Radioatividade, Marie Curie, Ensino, Lúdico

Resumo

Os jogos didáticos propiciam aulas mais instigantes, desperta o interesse de alunos e os motiva a aprender. Partindo dessa ideia, o objetivo de pesquisa foi aplicar, com licenciandos em química, o jogo didático intitulado Cidade Radioativa para analisar sua efetividade em relação às dificuldades, regras, objetivo e motivação em aprender os conhecimentos acerca da radioatividade. A pesquisa qualitativa, explicativa e de campo contou com a participação de sete licenciandos em química de uma universidade tecnológica federal do Paraná. A coleta de dados contou com a realização de uma entrevista semiestruturada individual com os participantes. Os resultados corroboram que as dificuldades encontradas no início do jogo ocorreram porque alguns jogadores não fizeram a leitura integral das regras; já os licenciandos que não tiveram dificuldades, formularam esquemas, representações mentais, decisões, trocaram informações e trabalharam em grupo. Com relação às regras do jogo, os resultados evidenciam como um recurso didático de boa aplicabilidade, com regras bem estabelecidas que propiciam o avanço no jogo. A categoria motivação despontou como um dos fatores principais, pois todos os licenciandos declararam que o jogo didático despertou sua curiosidade em conhecer e aprender os conceitos da radioatividade presentes no contexto do jogo.

Didactic game Radioactive City: application and analysis from the perspective of chemistry undergraduates

Abstract
The didactic games provide more instigating classes, arouse the interest of students and motivate them to learn. Based on this idea, the research objective was to apply the didactic game Radioactive City, with undergraduate students in chemistry, to analyze whether they would have difficulty playing, whether the rules of the game were well designed and whether the knowledge would motivate them to learn. The qualitative, explanatory field research counted on the participation of seven undergraduate chemistry students from a public federal technological university. At the end of a course, they participated in a semi-structured interview. The results show that the difficulties encountered at the beginning of the game were because some players did not fully read the rules; those who had no difficulties formulated schemes, mental representations, made decisions, exchanged information and worked as a group. In relation to the rules of the game, the results indicated that it was a didactic resource of good applicability, with well-established rules, allowing the game to advance. The motivation category emerged as one of the main factors of the game, because everyone said that it awakened their curiosity to know and learn the knowledge present in the context of the game.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Gean Aparecido Zapateiro , Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (SEED/PR)

Mestre em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Licenciado em Química pela UTFPR. Licenciado em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). Licenciado em Ciências Biológicas pela UNICSUL. Professor da Secretária da Educação do Estado do Paraná. 

Márcia Camilo Figueiredo, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutora em Educação para a Ciência pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-Bauru). Mestra em Educação para a Ciência e a Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Licenciada em Química pela UEM. Professora Adjunta da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Zenaide de Fátima Dante Correia Rocha, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestre em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Federal de Londrina (UEL). Licenciada em Ciências, Matemática pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (CESULON). Pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Professora Associada da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Professor permanente dos cursos de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza; e do Mestrado Profissional em Ensino de Matemática.

Referências

BASTOS, F. O ensino de conteúdos de história e filosofia da ciência. Ciência & Educação, Bauru, v. 5, n. 1, p. 55-72, 1998.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BOLZANI, V. S. Mulheres na ciência: por que ainda somos tão poucas? Ciência e Cultura, Campinas, v. 69, n. 4, p. 56-59, outubro de 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018.

CAMPOS, L. M. L.; BORTOLOTO, T. M.; FELICIO, A. K. C. A produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Cadernos dos Núcleos de Ensino, São Paulo, v. 47, p. 35-48, 2003.

CHASSOT, A. I. A Ciência é masculina? É, sim senhora! 8. ed. São Leopoldo: Unisinos, 2017.

CUNHA, M. B. Jogos de química: desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 12, 2004, Goiânia. Anais [...]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2004. p. 28.

CUNHA, M. B. Jogos no Ensino de química: considerações teóricas para sua utilização em sala de aula. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 92-98, 2012.

CRESPO, L. C.; GIACOMINI, R. As atividades lúdicas no ensino de química: uma revisão da Revista Química Nova na Escola e das Reuniões Anuais da Sociedade Brasileira de Química, Florianópolis. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 8., CONGRESO INTERNACIONAL DE INVESTIGACIÓN EN ENSEÑANZA DE LAS CIENCIAS, 1, 2011, Campinas. Anais [...]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2011. p. 1-10.

DOMINGOS, D. C. A.; RECENA, M. C. P. Elaboração de jogos didáticos no processo de ensino e aprendizagem de química: a construção do conhecimento. Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 272-281, 2010.

FIGUEIREDO, M. C.; SOUZA, A. R. Jogo digital e o conceito de aleatoriedade: aplicação e potencialidades para o ensino e a aprendizagem. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 43, n. 3, p. 278-286, 2021.

GARRIS, R.; AHLERS, R.; DRISKELL, J. E. Games, motivation, and learning: a research and practice model. Simulation & Gaming, Thousand Oaks, v. 33, n. 4, p. 441-467, 2002.

GODOI, T. A. F.; OLIVEIRA, H. P. M.; GODOGNOTO, L. Tabela periódica: um super trunfo para alunos do ensino fundamental e médio. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 22-25, 2010.

JESUS, V. C. O uso de cartilha de jogos didáticos para o ensino de ciências. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, 2019.

LIMA, J. C. F. Jogo como recurso didático no ensino de botânica: uma proposta para contribuir com o ensino/aprendizagem. 2019. Dissertação (Mestrado Profissional Ensino Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Manaus, 2019.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1986.

MALONE, T. W. Toward a Theory of Intrinsically Motivating Instruction. Cognitive Science, New Jersey, v. 5, n. 4, p. 333-369, 1981.

MARTINS, R. A. Introdução: a história das ciências e seus usos na educação. In: SILVA, C. C. (org.). Estudos de história e filosofia das ciências: subsídios para a aplicação no ensino. São Paulo: Livraria da Física, 2006, p. 17-30.

MARTINS, A. F. P. História e filosofia da ciência no ensino: há muitas pedras nesse caminho... Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 112-131, 2007.

MERÇON, F.; QUADRAT, S. V. A radioatividade e a história do tempo presente. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 19, p. 27-30, 2004.

MINAYO, M. C. de S. (org.). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

MIRANDA, S. No fascínio do jogo, a alegria de aprender. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 8, n. 14, p. 64- 66, 2002.

MOREIRA, I. Marie Sklodowska Curie: A cientista que ajudou a mudar o mundo. Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, v. 24, n. 225, p. 12-15, jul. 2011.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Química. Curitiba: SEED, 2008.

RAMOS, S. J. M. Alfabetização científica no ensino de fissão e fusão nuclear para o ensino médio. 2015. Dissertação (Mestrado Profissional de Ensino de Física) – Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda, 2015.

SANTOS, W. L. P. Contextualização no ensino de ciências por meio de temas CTS em uma perspectiva crítica. Ciência & Ensino, Piracicaba, v. 1, 2007. Número especial.

SILVA, R. S. Um jogo didático para o ensino de equilíbrio químico. Revista Amor Mundi, Santo Ângelo, v. 2, n. 1, p. 31-39, jan. 2021.

SOARES, M. H. F. B.; OKUMURA, F.; CAVALHEIRO, É. T. G. Proposta de um jogo didático para ensino do conceito de equilíbrio químico. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 18, p. 13-17, 2003.

SOARES, M. H. F. B. O lúdico em química: jogos e atividades aplicados ao ensino de Química. 2004. Tese (Doutorado em Ciências Exatas e da Terra) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004.

SOARES, M. H. F. B. Jogos e atividades lúdicas no ensino de química: uma discussão teórica necessária para novos avanços. Debates em Ensino de Química, Recife, v. 2, n. 2, p. 5-13, 2016.

SOARES, M. H. F. B. Jogos e atividades lúdicas para o ensino de química. Goiânia: Kelps Editora, 2013.

ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 72-81, 2008.

ZAPATEIRO, G. A. Formação inicial de licenciandos em química: uma proposta de situação de estudo para abordar o conteúdo básico de radioatividade. 2017. 123 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2017.

ZAPATEIRO, G. A. Formação inicial de professores de química: contribuições de um curso de história da radioatividade. 2020. 300 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2020.

ZAPATEIRO, G. A.; FIGUEIREDO, M. C.; BELTRAME, A. C. F.; STEVANATO, A. Material didático como estratégia de ensino e de aprendizagem das ligações químicas. Actio: Docência em Ciência, Curitiba, v. 2, n. 2, p. 211-233,

jul./set. 2017.

Downloads

Publicado

2023-12-15

Como Citar

ZAPATEIRO , Gean Aparecido; FIGUEIREDO, Márcia Camilo; ROCHA, Zenaide de Fátima Dante Correia.
Jogo didático Cidade Radioativa: aplicação e análise na visão de licenciandos em química
. Ensino & Multidisciplinaridade, v. 9, n. 1, p. e1323, 1–14, 15 Dez 2023Tradução . . Disponível em: . Acesso em: 28 abr 2024.

Edição

Seção

Artigos