Atividades lúdicas e educação ambiental crítica: uma reflexão sobre o desperdício de alimentos
DOI:
https://doi.org/10.18764/2447-5777v9n1.2023.8Palavras-chave:
Educação Ambiental, Ludicidade, DesperdícioResumo
Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado e apresenta contribuições da ludicidade para trabalhar a educação ambiental crítica (EAC). Aliar tarefas lúdicas à EAC pode despertar maior interesse, estimular a participação ativa e promover reflexões sobre atitudes cotidianas que englobam aspectos sociais, culturais e econômicos. O objetivo deste trabalho foi promover reflexões sobre esses aspectos que envolvem a temática do desperdício de alimentos, por meio de atividades lúdicas. Para tanto, foi proposto a estudantes do ensino médio uma tarefa-prova que fazia parte de uma gincana: ir a um comércio alimentício da cidade, pesquisar alimentos que, pelo aspecto físico, provavelmente seriam descartados, entregar uma receita pronta com o alimento citado e preparar um vídeo com suas percepções. O trabalho tem caráter qualitativo, o qual analisou os dados coletados, transcritos e categorizados em relação ao desperdício, ao valor monetário atribuído à aparência, ao senso de responsabilidade e às reflexões geradas. Notou-se que o uso da ludicidade para abordar a EAC é uma metodologia eficaz, pois despertou motivação no cumprimento das atividades propostas, promoveu reflexões e possíveis mudanças de comportamento.
Ludic activities and critical environmental education: a reflection on food waste
Abstract
This work is part of a master's research and presents contributions of ludicity to work on critical environmental education (educação ambiental crítica [EAC]). Combining playful tasks with EAC can arouse greater interest, encourage active participation, and promote reflections on everyday attitudes, which encompass social, cultural, and economic aspects. To this end, high school students were proposed a task-test, which is part of a gymkhana, in which they would go to a food trade in the city, research foods that, due to their physical appearance, would probably be discarded, prepare a video with their perceptions, and deliver a ready-made recipe with the food mentioned in the video. The work has a qualitative character collected, transcribed and categorized, which analyzed the data in relation to waste, the monetary value attributed to appearance, the sense of responsibility, and the reflections generated. It was noted that the use of playfulness to approach the EAC is an effective methodology, as it aroused motivation in fulfilling the proposed activities, promoted reflections, and possible changes in behavior.
Downloads
Metrics
Referências
ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 9. ed. São Paulo: Loyola, 2000.
ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: teorias e práticas. São Paulo: Loyola, 2013.
ANDRÉ, M. E. D. A. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Liber, 2005.
ANGOTTI, J. A. P.; AUTH, M. A. Ciência e tecnologia: implicações sociais e o papel da educação. Ciência e Educação, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 15-27, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/cpQBQWf3L6SQWqnff9M4NrF/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 2 dez. 2022.
BARROS, M. R. M. Ludicidade na educação ambiental: percepção crítica e tomada de decisão e ação sobre o contexto socioambiental do córrego Guará. 2017. 239 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Parte I - Bases Legais; Parte II - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Parte III - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; Parte IV - Ciências Humanas e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BROUGÈRE, G. Lúdico e educação: novas perspectivas. Linhas Críticas, Brasília, v. 8, p. 5-20, jan./jun. 2002.
CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
CAVALCANTI, E. L. D. O lúdico e a avaliação da aprendizagem: possibilidades para o ensino e a aprendizagem de química. 2011. 171 f. Tese (Doutorado em Química) – Instituto de Química, Universidade Federal do Goiás, Goiânia, 2011.
DIESEL, A. et al. Contribuições da língua portuguesa para uma proposta de letramento científico e tecnológico no contexto escolar. Revista Eletrônica Debates em Educação Científica e Tecnológica, Vila Velha, v. 6, n. 2, p. 58-70, 2019. http://doi.org/10.36524/dect.v6i02.159
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
GONÇALVES, C. W. P. Os (des)caminhos do meio ambiente. 15. ed. São Paulo: Contexto, 2013.
GRYNSZPAN, D. Educação ambiental em uma perspectiva CTSA: orientações teórico-metodológicas para práticas investigativas. In: PEDRINI, A. G.; SAITO, C. H. (org.) Paradigmas metodológicos em educação ambiental. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 93-110.
GUIMARÃES, M. Por uma educação ambiental crítica na sociedade atual. Margens Interdisciplinar, Abaetetuba, v. 7, p. 11-22, 2016.
GUIMARÃES, M. Educação ambiental crítica. In: LAYRARGUES, P. P. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: MMA, 2004. p. 25-34.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. 12. ed. Campinas: São Paulo: Papirus, 2015.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2009.
LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade e poder. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
LORDÊLO, J.A.C.; ROSA, D. L.; SANTANA, L. A. Avaliação processual da aprendizagem e regulação pedagógica no Brasil: implicações no cotidiano docente. Revista FACED, Salvador, n. 17, p. 13-33, jan./jun. 2010. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/4555. Acesso em: 19 set. 2022.
LOUREIRO, C. F. Educação ambiental transformadora. In: LAYRARGUES, P. P. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: MMA, 2004. p. 65-85.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. Rio de Janeiro: EPU, 2022.
SANCHES, S. M. et al. A importância da compostagem para a educação ambiental nas escolas. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 23, p. 10-13, 2006. Disponível em: http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir. php?midia=qne&cod=_relatosdesaladeaulaaimpo. Acesso em: 17 out. 2018.
SANTOS, W. L. P.; MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem CTS (Ciência-Tecnologia-Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio Pesquisa em educação em ciências, v. 2, n. 2, p. 1-23, 2000.
SANTOS, W. L. P. Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 36, p. 474-492, set./dez. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v12n36/a07v1236.pdf. Acesso em: 8 abr. 2018.
TOZONI-REIS, M. F. C. Temas ambientais como "temas geradores": contribuições para uma metodologia educativa ambiental crítica, transformadora e emancipatória. Educar em Revista, Curitiba, n.27, p. 93-110, 2006.
VARGAS, A.; ROCHA, H. V.; FREIRE, F. M. P. Promídia: produção de vídeos digitais no contexto educacional. Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 5, n. 2, dez. 2007. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo10/artigos/1bAriel.pdf. Acesso em: 5 mar. 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ensino & Multidisciplinaridade
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação final do manuscrito.