Uso da argumentação nas produções escritas e orais de alunos do ensino fundamental no ensino de ciências
DOI:
https://doi.org/10.18764/2447-5777v8n1.2022.6Palavras-chave:
Argumentação, Toulmin, Ensino de Ciências, Oralidade, EscritaResumo
No ensino de ciências, o processo argumentativo tem contribuído para a aprendizagem ao estimular o educando a construir, fundamentar e debater o conhecimento científico. Assim, esta pesquisa objetivou analisar a argumentação em atividades de ciências, a fim de identificar os elementos que as compõem nos registros orais e escritos de alunos de ensino fundamental. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso. O padrão de argumento de Toulmin foi utilizado para análise dos dados. Nos registros escritos e orais, a maioria dos alunos foi capaz de elaborar respostas com a presença da argumentação. Sobre a natureza dos argumentos, a escrita apresentou maior número de argumentos considerados válidos, e, quanto aos elementos que compõem o padrão de Toulmin, os mais encontrados foram garantias e conclusões, nas duas formas de registro. É possível inferir que o processo argumentativo no ensino de ciências pode instigar os alunos a pesquisarem e buscarem soluções para os problemas e auxiliar a participarem de discussões orais com mais elementos argumentativos, assim como a terem uma escrita mais completa.
Downloads
Referências
ANDRÉ, M. O que é um estudo de caso qualitativo em educação? Revista da FAEEBA – Educação e
Contemporaneidade, Salvador, v. 22, n. 40, p. 95-103, 2013. Disponível em: https://www.nelsonreyes.com.br/
Marli%20Andr%C3%A9.pdf. Acesso em: 12 abr. 2019.
BORGES, J. R. A.; USTRA, S. R. V. Análise de práticas argumentativas através do padrão de Toulmin (TAP) no
desenvolvimento de projetos nas aulas de Física. Vivências, v. 17, n. 32, p. 129-147, 2020. https://doi.
org/10.31512/vivencias.v17i32.350
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/Secretaria de Educação
Básica, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa.
Brasília: MEC/Secretaria de Educação Fundamental, 1997. 106 p.
DRIVER, R.; NEWTON, P.; OSBORNE, J. Establishing the norms of scientific argumentation in classrooms. Science
Education, v. 84, n. 3, p. 287-312, 2000. https://doi.org/10.1002/(SICI)1098-237X(200005)84:3<287::AIDSCE1>
0.CO;2-A
FERRAZ, A. T.; SASSERON, L. H. Propósitos epistêmicos para a promoção da argumentação em aulas
investigativas. Investigações em Ensino de Ciências, v. 22, n. 1, p. 42-60, 2017. https://doi.org/10.22600/1518-
ienci2017v22n1p42
GODOY, A. S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.
, n. 3, p. 20-29, 1995. https://doi.org/10.1590/S0034-75901995000300004
GUIMARÃES, R. R.; MANSONI, N. T. O uso do modelo padrão de argumentação de Stephen Toulmin no ensino de
ciências no âmbito da disciplina de Física: alguns resultados de pesquisa e reflexões a partir de debates em sala
de aula. Investigações em Ensino de Ciências, v. 25, n. 3, p. 487-502, 2020. https://doi.org/10.22600/1518-
ienci2020v25n3p487
JIMÉNEZ-ALEIXANDRE, M. P.; BUGALLO RODRÍGUEZ, A.; DUSCHL, R. A. “Doing the lesson” or “doing science”:
argument in high school genetics. Science Education, v. 84, n. 6, p. 757-792, 2000. https://doi.org/10.1002/1098-
X(200011)84:6%3C757::AID-SCE5%3E3.0.CO;2-F
JIMÉNEZ-ALEIXANDRE, M. P.; DÍAZ BUSTAMANTE, J. Discurso de aula y argumentación en la clase de ciências:
cuestiones teóricas y metodológicas. Enseñanza de las Ciencias, v. 21, n. 3, p. 359-370, 2003. Disponível em:
https://raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/21944. Acesso em: 18 jul. 2016.
KRIPKA, R.; SCHELLER, M.; BONOTTO, D. L. Pesquisa documental: considerações sobre conceitos e caraterísticas
na pesquisa qualitativa. CIAIQ, v. 2, p. 243-247, 2015. Disponível em: https://proceedings.ciaiq.org/index.php/
ciaiq2015/article/view/252. Acesso em: 18 jul. 2016.
LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora
Pedagógica e Universitária, 2013.
MARQUES, C. M. G. H. C. A argumentação oral formal em contexto escolar. 2010. 416f. Tese (Doutorado em
Língua Portuguesa: Investigação e Ensino) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2010. Disponível em: http://hdl.
handle.net/10316/18135. Acesso em: 12 jan. 2022.
MOTOKANE, M. T. Sequências didáticas investigativas e argumentação no ensino de ecologia. Revista Ensaio,
Belo Horizonte, v. 17, n. esp., p. 115-137, 2015. https://doi.org/10.1590/1983-2117201517s07
OLIVEIRA, C. M. A. Do discurso oral ao texto escrito nas aulas de ciências. 2009. 234f. Tese (Doutorado
em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. https://doi.
org/10.11606/T.48.2009.tde-06082010-161307
OLIVEIRA, C. M. A.; CARVALHO, A. M. P. Escrevendo em aula de ciências. Ciências & Educação, v. 11, n. 3, p. 347-
, 2005. https://doi.org/10.1590/S1516-73132005000300002
PEZARINI, A. R.; MACIEL, M. D. As dimensões da argumentação no ensino de ciências em pesquisas de 2007
a 2017: um olhar para a caracterização e para as ferramentas metodológicas para estudar esta temática.
Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, v. 14, n. 32, p. 61-77, 2018. https://doi.org/10.18542/
amazrecm.v14i32.6177
PEZZI, A.; GOWDAK, D. O.; MATTOS, N. S. Biologia: genética, evolução e ecologia. São Paulo: FTD, 2010. 124 p.
SÁ, L. P.; KASSEBOEHMER, A. C.; QUEIROZ, S. L. Esquema de argumento de Toulmin como instrumento de ensino:
explorando possibilidades. Ensaio, Belo Horizonte, v. 16, n. 3, p. 147-170, 2014. https://doi.org/10.1590/1983-
SASSERON, L. H. Interações discursivas e argumentação em sala de aula: a construção de conclusões, evidências
e raciocínios. Ensaio, Horizonte, v. 22, e20073, 2020. https://doi.org/10.1590/1983-21172020210135
SASSERON, L. H. Sobre ensinar ciências, investigação e nosso papel na sociedade. Ciência & Educação, v. 25,
n. 3, p. 563-567, 2019. https://doi.org/10.1590/1516-731320190030001
SASSERON, L. H.; CARVALHO, A. M. P. Construindo argumentação na sala de aula: a presença do ciclo
argumentativo, os indicadores de alfabetização científica e o padrão de Toulmin. Ciência & Educação, Bauru, v.
, n. 1, p. 97-114, 2011. https://doi.org/10.1590/S1516-73132011000100007
SCARPA, D. L. O papel da argumentação no ensino de ciências: lições de um workshop. Ensaio, Belo Horizonte,
v. 17, n. esp., p. 15-30, 2015. https://doi.org/10.1590/1983-2117201517s02
SCARPA, D. L.; SASSERON, L. H.; SILVA, M. B. O ensino por investigação e a argumentação em aulas de
ciências naturais. Tópicos Educacionais, Recife, v. 23, n. 1, p. 7-27, 2017. https://doi.org/10.51359/2448-
2017.230486
SILVA, S. G. Seres vivos: explorando as relações ecológicas – UCA. Portal do Professor, 2011. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37035. Acesso em: 20 jan. 2022.
TEBALDI-REIS, L.; BEVILACQUA, G. D.; SINEIRO, S. C. A.; COUTINHO-SILVA, R. Atividades investigativas como
promotoras da argumentação no ensino de ciências. Research, Society and Development, v. 11, n. 1,
e51011125138, 2022. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25138
TOULMIN, S. Os usos do argumento. 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2006. 375 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ensino & Multidisciplinaridade

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação final do manuscrito.