FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA

reflexões e ações complementares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2178-2229v29n2.2022.29

Palavras-chave:

formação de professores, ensino de matemática, parceria entre universidade e escola, anos iniciais do Ensino Fundamental, políticas públicas educacionais

Resumo

A Matemática ainda é uma área que gera desconforto à maioria dos estudantes que ingressa no curso de Licenciatura em Pedagogia, uma vez que, na escolaridade de cada um, ela normalmente é marcada por um ensino pautado na mecanização e memorização de algoritmos e fórmulas. Após cursarem as disciplinas que abordam os fundamentos e as metodologias de ensino de Matemática, essa percepção pode se alterar, na medida em que os graduandos geralmente entram em contato com propostas que defendem a construção de sentidos na aprendizagem dos conteúdos matemáticos estudados na escola. O professor em exercício, por sua vez, nem sempre tem a oportunidade de compartilhar, com seus pares, no próprio ambiente escolar, seus saberes, não-saberes, limitações e desafios referentes ao ensino de Matemática, mantendo, quando muito, um diálogo técnico sobre as exigências do currículo oficial para a elaboração de seu planejamento. Este artigo tem o propósito de apresentar os resultados de um projeto de extensão universitária que objetivou a formação conjunta de professores em exercício e estudantes de Licenciatura em Pedagogia ao longo do planejamento, do desenvolvimento e da avaliação de oficinas de Matemática destinadas a alunos do 5º ano e do 6º ano do ensino fundamental. Os estudos que defendem a proposta de articulação entre a formação inicial e a formação continuada de professores para o desenvolvimento dos saberes docentes, dentre eles os de Tarfid (2014) e de Nóvoa (2009, 2017), nortearam as ações do projeto “A Matemática pela via da ludicidade”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sueli Fanizzi, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Professora Adjunta do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (IE-UFMT/Campus Cuiabá), atuando como docente no curso de Pedagogia, no Departamento de Ensino e Organização Escolar, na área de Educação Matemática. Doutora e Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, na área temática Ensino de Ciências e Matemática. Coordenadora do Projeto de Pesquisa A Interação nas Aulas de Matemática: da negociação de significados à construção de conhecimentos, no IE-UFMT. Coordenadora Pedagógica do Laboratório de Ensino de Ciências do IE-UFMT. Autora da Coleção Porta Aberta para o Mundo - Ciências, da Editora FTD Educação. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Matemática e Educação (GEPEME), da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Parecerista em revistas da área de Educação Matemática e Formação de Professores. Foi docente da Universidade de Mogi das Cruzes (Campus Villa Lobos), de 2009 a 2017, e professora contratada pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, em 2016 e 2017. No mesmo período, também trabalhou como professora supervisora do Programa de Estágio Clube de Matemática, Ciências e Geografia, na mesma instituição. Atuou como professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental em instituições privadas de São Paulo ao longo de 15 anos.

Referências

ALMEIDA, P. C.; BIAJONE, J. Saberes docentes e formação inicial de professores: implicações e desafios para as propostas de formação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33, n. 2, p. 281-295, maio/ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v33n2/a07v33n2.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

ANDRÉ, M. et al. O trabalho docente do professor formador no contexto atual das reformas e das mudanças no mundo contemporâneo. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, DF, v. 91, n. 227, p. 122-143, jan./abr. 2010. Disponível em: http://rbepold.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/606/587. Acesso em: 22 jun. 2022.

IMBERNÓN, F. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed, 2010.

LESSARD, C.; TARDIF, M. As transformações atuais do ensino: três cenários possíveis na evolução da profissão de professor? In: TARDIF, M.; LESSARD, C. (Org.). O ofício de professor: história, perspectivas e desafios internacionais. Petrópolis: Vozes, 2011. p. 255-277.

NÓVOA, A. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 47, n. 166, p. 1106-1133, out./dez. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n166/1980-5314-cp-47-166-1106.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

______. Professores: imagens do futuro presente. Lisboa: EDUCA (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa), 2009. Disponível em: https://rosaurasoligo.files.wordpress.com/2017/04/antc3b3nio-nc3b3voa-professores-imagens-do-futuro-presente.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.

OLIVEIRA, R. G.; SANTOS, V. M. Inserção inicial do futuro professor na profissão docente: contribuições do estágio curricular supervisionado na condição de contexto de aprendizagem situada. Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 35-49, 2011. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/5361/4020. Acesso em: 22 jun. 2022.

POWER, S. O detalhe e o macrocontexto: o uso da teoria centrada no Estado para explicar práticas e políticas educacionais. In: BALL, S.; MAINARDES, J. (Org.). Políticas educacionais: questões e dilemas. São Paulo: Cortez, 2011. p. 54-77.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2014.

Downloads

Publicado

2022-07-05

Como Citar

FANIZZI, Sueli.
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA: reflexões e ações complementares
. Cadernos de Pesquisa, v. 29, n. 2, p. 155–183, 5 Jul 2022 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/13814. Acesso em: 22 nov 2024.