Argumentação no ensino e na aprendizagem de Matemática básica: uma metapesquisa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2178-2229v31n1.2024.11

Palavras-chave:

argumentação, aprendizagem, matemática básica

Resumo

O objetivo desta investigação foi analisar pesquisas publicadas no período de 2014 a 2018 no Brasil, que abordam a prática da argumentação na escola básica, levantadas no catálogo de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, com a finalidade de sintetizar ideias, investigar contribuições, classificar, encontrar similaridades e divergências entre os estudos. A pesquisa é de cunho qualitativo, norteada pelas diretrizes para leitura, análise e interpretação de textos em função da metanálise, com enfoque nos resumos encontrados. Os resultados indicam duas tendências de abordagem: a busca por relacionar a argumentação ao pensamento formal da matemática, e a argumentação como difusora de comunicação em sala de aula, sem necessariamente ter como fim o discurso formal da matemática, além da necessidade de mais estudos sobre a abordagem da argumentação no ensino e na aprendizagem
de matemática. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMOSSY, R. L’argumentation dans le discours. 4. ed. Paris: Armand Colin, 2006.

APOLINÁRIO, H. L. Análise dos conteúdos abordados nos anos finais do ensino fundamental no município do Rio de Janeiro: o tópico de Desenho Geométrico. 2018. (Dissertação) – Ensino de Matemática. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://pemat.im.ufrj.br/index.php/pt/producao-cientifica/dissertacoes/2018/149-analise-dos-conteudos-abordados-nos-anos-finais-do-ensino-fundamental-no-municipio-do-rio-de-janeiro-o-topico-de-desenho-geometrico. Acesso em: 29 de jan. 2018.

ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. Trad. A. P. Carvalho. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, s/d.

BALACHEFF, N. L’argumnetation est-elle um obstacle? Invitation à um débat... Disponível em http://un lettredelapreuve.it/Old Prouve/News letter/990506.html1999. Acesso em: 17 ago. 2019.

BALACHEFF, N. Processus de preuves et situations de validation. Educational Studies in Mathematics, New York, v.18, n. 2, p. 147-176. mai. 1987.

BALACHEFF, N. Une etude des processs de prevue en mathématiques. Tese (doutorado) – Ciências e Didática das Matemáticas, Universidade Joseph Fourier, Grenoble, 1988. Disponível em: https://theses.hal.science/tel-00326426. Acesso em: 19 ago. 2018.

BARBOSA, P. O estudo da geometria. Revista Benjamim Constant. Rio de Janeiro, n. 25, ago. 2003.

BATISTA, C. G. Formação de conceitos em crianças cegas: questões teóricas e implicações educacionais. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, v. 21, n. 1. abr. 2005.

BOAVIDA, A. M. R. A argumentação em Matemática: investigando o trabalho de duas professoras em contexto de colaboração. 2005. 975 f. Tese (Doutorado) - Educação. Universidade de Lisboa, Lisboa, 2005. Disponível em: http://hdl.handle.net/10451/3140. Acesso em: 27 mai. 2019.

BOERO, P.; GARUTI, R.; MARIOTTI, M. A. Some dynamic mental processes underlying producing and proving conjectures. In: CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP FOR THE PSYCOLOGY OF MATHEMATICS EDUCATION, 20., 1996, Valencia. Proceedings […]. Berlin: Group for the Psychology of Mathematics Education, 1996. p. 121-128.

BOERO, P.; DOUEK, N.; FERRARI, P. L. Developing mastery of natural language: Approaches to Approaches to some theoretical aspects of mathamatics. New York: Routledge, 2008. E-book (1066 p.). ISBN 10: 0-8058-5875-X (hbk). Disponível em: https://doi.org/10.4324/9780203930236. Acesso em: 21 ago. 2018.

CABASSUT R. Démonstration, raisonnement et validation dans l’enseignement secondaire des mathématiques en France et en Allemagne. 2005. Tese (Doutorado) - Didática da Matemática. Ecole doctorale Savoir scientifique: épistémologie, histoire des sciences, didactique des disciplines. Université Paris 7, Paris, 2005. Disponível em: https://www.theses.fr/2005PA070014. Acesso em: 29 de jan. 2018.

CARVALHO, M. A. A. Um estudo do processo de argumentação por alunos cegos. 2016. (Dissertação) - Ensino de Matemática. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: http://www.pg.im.ufrj.br/pemat/MSc%2077_Mauricio%20Alfredo%20Ayala%20de%20Carvalho.pdf. Acesso em: 29 de jan. 2018.

CERQUEIRA, J.; FERREIRA, E. Recursos didáticos na educação especial. Revista Benjamim Constant. Rio de Janeiro, v. 15. mar. 2000.

CORREIA, J. C. C. Argumentação, prova e demonstração: uma investigação sobre as concepções de ingressantes no curso de licenciatura em Matemática. 2018. (Dissertação) - Ensino de Matemática. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://pemat.im.ufrj.br/index.php/pt/producao-cientifica/dissertacoes/2018/237-argumentacao-prova-e-demonstracao-uma-investigacao-sobre-as-concepcoes-de-ingressantes-no-curso-de-licenciatura-em-matematica. Acesso em: 29 de jan. 2019.

DOUEK, N. Analysis of a long term construction of the angle concept in the field of experience of sunshadows In: PROCEEDINGS OF CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP FOR THE PSYCOLOGY OF MATHEMATICS EDUCATION, 22., 1998, Stellenbosch. Proceedings […] Berlin: Group for the Psychology of Mathematics Education, 1998. v. 2, p. 264–271. Disponível em: https://www.igpme.org/publications/current-proceedings/. Acesso em: 13 de jun 2018

DOUEK, N.; SCALI, E. About argumentation and conceptualization. In: CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP FOR THE PSYCOLOGY OF MATHEMATICS EDUCATION, 24., 2000, Hiroshima. Proceedings […]. Berlin: Group for the Psychology of Mathematics Education, 2000. p. 249-256.

DUVAL, R. Sémiosis et pensée hamuine: registres sémiotiques et apprendisages intellectuales. 1 ed. Paris : Peter Lang, 1995.

FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. 1 ed. Campinas: Autores Associados, 2009.

FREEDMAN, A.; PRINGLE, I. Why students can’t write arguments. English in Education, London, v. 18, n. 2, p. 73-84. jun. 1984.

GRÁCIO, R. Que fenómenos estuda a teoria da argumentação? Em que consistem assuas tarefas descritivas? Revista Filosófica de Coimbra, Coimbra, v. 17, n. 33, p. 125-146. jan. 2008.

GRÁCIO, R. Discursividade e perspectivas. Questões de argumentação, 1. ed. Coimbra: Grácio. Editor, 2009a.

GRÁCIO, R. Com o que é que se parece uma argumentação? Representações sociais do argumentar. Revista Comunicação e Sociedade, Braga, v. 16, p. 101-122. dez. 2009b.

GRIZE, J. B. Argumenter et/ou Raisonner. Filosofia, Lisboa, v. 3, p. 89-101. nov. 1986.

GRIZE, J. B. Logique natureelle et communications. 1 ed. Paris: Presses Universitaires de France, 1996.

HAREL, G.; SOWDER, L. Students’ proof schemes: Results from exploratory studies. In: SCHOENFELD, A. H.; KAPUT, J.; DUBINSKY, E. (ed.). Research in collegiate mathematics III. Providence, Rhode Island: American Mathematical Society. 1998. p. 234-282.

KUHN, D. Science Argumentation: implications for teaching and learning scientific thinking. Science Education, New Jersey, v. 77, n. 3, p. 319-337. jun.1993.

LAMPERT, M. When the problem is not the question and the solution is not the answer: Mathematical knowing and teaching. American Educational Research Journal, Thousand Oaks, v. 27, n. 1, p. 29-63. Marc. 1990.

LEITÃO, S.; FERREIRA, A. P. M. Argumentação infantil: condutas opositivas e antecipação de oposição. In: MEIRA, L.; SPINILLO, A. G. (org.). Psicologia Cognitiva: cultura, desenvolvimento e aprendizagem. Recife: Editora da UFPE, 2006. p. 236-258.

LEITÃO, S. O lugar da argumentação na construção de conhecimento em sala de aula. In: LEITÃO, S.; DAMIANOVIC, M C. (org.). Argumentação na escola: O conhecimento em construção. Campinas: Pontes Editores. 2011.

LEITÃO, S.; RAMÍREZ, N.; RUIZ, L.; BARROS, N.; SOUZA, D.; FERNANDES, L. Desenvolvimento de competências argumentativas no ensino superior: discussão de uma experiência-piloto. Educação em Foco: revista de educação, Juiz de Fora, v. 1, n. 87. ago. 2012.

LOMÔNACO, J. F. B.; PAULA, F. V.; MELLO, C. B.; ALMEIDA, F. A. Desenvolvimento de Conceitos: O Paradigma das Transformações. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, v. 17, n. 2. ago. 2001.

KNIPPING, C. Argumentation structures in classroom proving situations. In: THIRD CONGRESS OF THE EUROPEAN SOCIETY FOR RESEARCH IN MATHEMATICS EDUCATION (ERME), 3., 2003, Bellaria. Proceedings […]. Osnabrueck: European Society for Research in Mathematics Education, 2003. p. 1-9.

KRUMMHEUER, G. The ethnography of argumentation. In: P. COBB; H. BAUERSFELD (Eds.), The emergence of mathematical meaning: Interaction in classroom cultures. 1º ed. New York: Erlbaum, p. 229-269, 1995.

KRUMMHEUER. G. Argumentation and participation in the primary mathematics classroom Two episodes and related theoretical abductions. Journal of Mathematical Behavior, Amsterdam, v. 26, n. 1, p. 60-82. dez. 2007.

MARIOTTI, M. A. La preuve em Mathématique. Zentralblatt für Didaktikt der Mathematik. Eggenstein-Leopoldshafen, v. 34, n. 4, p. 132-144. ago. 2002.

NUNES, J. M. V. Argumentação no Ensino de Matemática: Uma Nova Perspectiva In: Metodologia e Processos Formativos em Ciências e Matemática. 1 ed. São Paulo: PACO, v. 1, p. 119-152, 2014.

NUNES, J. M. V.; ALMOULOUD, S. A. The Practice of Argumentation as a Method of Teaching and Learning Mathematics. International Journal for Research in Mathematics Education. Brasília, v. 5, p.12 – 35. jan./jun. 2015.

NUNES, S. S.; LOMÔNACO, J. F. B. Desenvolvimento de conceitos em cegos congênitos: caminhos de aquisição do conhecimento. Psicologia Escolar e Educacional, Campinas, v. 12, p. 119-138. jun. 2008.

PEDEMONTE, B. Etude didactique et cognitive des rapports de l’argumentation et de la démonstration dans l’apprentissage dês mathématiques. 2002. (Doutorado) - Didática da Matemática. Université Joseph Fourrier, Grenoble I, Gênova, 2002. Disponível em: https://www.theses.fr/2002GRE10073. Acesso em: 29 de jan. 2018.

PEDEMONTE, B. Quelques outils pour I’analyse cognitive du rapport entre argumentation et démonstration. Recherches en Didactique des Mathématiques, Paris, v. 25, p. 313-348, jan. 2005.

PEDEMONTE, B. How can the relationship between argumentation and proof be analysed? Educational Studies in Mathematics, n. 66, p. 23-41, 2007.

PERELMAN, C.; TYTECA, L. O. Tratado da argumentação: a nova retórica. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

RAPANTA, C.; GARCIA-MILA, M. Current trends in educational research on argumentation. What comes after Toulmin? In: Proceedings of the 8th International Conference of the Society for the Study of Argumentation, 1-4 July, Amsterdam. 2014.

SANTOS. J. S. Sequência de ensino-aprendizagem em torno das histórias em quadrinhos a luz das interações discursivas e do engajamento dos alunos. 2018. (Dissertação) – Ensino de Ciências e Matemática. Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, 2018. Disponível em: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/8301. Acesso em: 29 de jan. 2018.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

SILVA, R. P. O trabalho colaborativo numa concepção dos tempos pedagógicos na educação básica. 2018. (Dissertação) – Educação em Ciências e em Matemática. Universidade Federal do Paraná, Paraná, 2018. Disponível em: http://www.gpeacm.ufpr.br/?page_id=394. Acesso em: 29 de jan. 2018.

SILVA-JUNIOR, W. A. Uma análise curricular da Matemática dos programas ENCCEJA, Nova EJA e PEJA no Estado do Rio de Janeiro. 2015. (Dissertação) - Ensino de Matemática. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3383964. Acesso em: 29 de jan. 2019.

THURSTON, W. P. On Proof and Progress in Mathematics. Appeared in Bulletin of the American Mathematical Society. Providence, v. 30, n. 2, p. 161-177, abr. 1994.

TOULMIN, S. E.; RIEKE, R.; JANIK, A. An introduction to reasoning. 1. ed. New York: Macmillan Publishing Company, 1984.

TOULMIN, S. E. Os usos dos argumentos. Tradução: Reinaldo Guarany e Marcelo Brandão Cipolla. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

VYGOTSKY, L. S. Fundamentals of Defectology. Nova Iorque: Springer Science+Business Media, 1993.

YACKEL, E. Explanation, justification and argumentation in mathematics classrooms. In: M. Heuvel-Panhuizen (Ed.). Actas da 25th Conference of the International Group for the Psychology of Mathematics Education, Utrecht: Utrecht University, 2001, p. 1-24.

YACKEL E.; COBB, P. Sociomathematical norms, argumentation, and autonomy in mathematics. Journal for Research in Mathematics Education, Reston, v. 27, n. 4, p. 458-477, jul. 1986.

ZOCOLER, F. A. S. O processo de ensino aprendizagem do discurso científico nos primeiros anos do ensino fundamental I. 2016. (Dissertação) - Ensino e História das Ciências e da Matemática. Universidade Federal do ABC. Santo André, 2018. Disponível em: http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=105988. Acesso em: 13 de fev. 2019.

Downloads

Publicado

2024-06-28

Como Citar

MELLO, Addelia Elizabeth Neyrão de; NUNES, José Messildo Viana.
Argumentação no ensino e na aprendizagem de Matemática básica: uma metapesquisa
. Cadernos de Pesquisa, p. 1–28, 28 Jun 2024 Disponível em: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/13394. Acesso em: 19 nov 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)