The boy from Mibaraió and the cosmology of the snake: ancestry, transculturality and decolonial knowledge in the amazon
Keywords:
Mibaraió, cosmology, ancestry, decoloniality, transculturationAbstract
The text tells the story of a boy from the archipelago of Marajó, in Pará, who, through education, research and academic training, uncovered the cosmology of the serpent. Grounded in decolonial gnosis, the methodologies of documentary analysis, and the art of conversation with different dwellers in the region, it brings to light the point of view of the marajoara ancestral populations regarding the cosmogony of the river and the cosmology of the meanings of life. Through the graphic designs found in marajoara ceramics, writings by the naturalist Alexandre Rodrigues Ferreira, a novel by Dalcídio Jurandir, and narratives by Marajoaras, the work reflects the place of indigenous, afro-indigenous, and forests and riverbanks peoples’ ancestral knowledge in protecting life in the Amazon and on planet Earth.
Downloads
References
ACHINTE, Adolfo Albán. Pedagogías de la re-existencia: artistas indígenas y afrocolombianos. In: WALSH, Catherine. Pedagogías decoloniais: practicas insurgentes de resistir, (re) existir y (re) vivir. Quito: Ediciones Abya-Yala, 2013. Tomo I. p. 443-468.
ANTONACCI, M. Antonieta. África/Brasil: corpos, tempos e histórias silenciadas. Revista Eletrônica Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 46-67, maio, 2009. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/709. Acesso em: 08 fev. 2025.
ARAÚJO, Lucas Monteiro de. Representações marajoaras em relatos de viajantes: natureza, etnicidade e modos de vida no século XIX. 2017. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: https://www.oasisbr.ibict.br/vufind/Record/BRCRIS_1d1093caaf748270963b73b598703dc4. Acesso em: 10 mar. 2025.
ARAÚJO, Lucas Monteiro de. O que os viajantes levaram?: a cultura material marajoara em invenção nos museus brasileiros e norte-americanos. 2021. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: https://www.ppga.propesp.ufpa.br/index.php/br/teses-e-dissertacoes/teses/740-2021. Acesso em: 10 mar. 2025.
AZEVEDO, João Lúcio de. O Marquês de Pombal e sua época. Lisboa: Clássica Editora, 1990.
BACZKO. B. Imaginação social. In: ROMANO, Ruggiero (ed.). Enciclopédia Einaudi: Antropos-Homem. Lisboa: Imprensa Nacional: Casa da Moeda, 1985. p. 296-332.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1996.
BRAGA, Teodoro. O Município de Breves – 1738 a 1910. Belém: Empreza Graphica Amazônia, 1919.
BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a revolução francesa na historiografia. Tradução Nilo Odalia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997.
CHERNELA, Janet Marion. Pesca e hierarquização tribal no alto Uaupés. In: Ribeiro, Darcy (ed.). Suma Etnológica Brasileira: edição atualizada do Handbook of South American Indians. 3. ed. Belém: UFPA, 1997. p. 279-295.
COELHO, Mauro Cézar. A Epistemologia de uma Viagem: Alexandre Rodrigues Ferreira e o conhecimento construído na viagem filosófica às capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2010.
COELHO, Mauro Cézar. As viagens filosóficas de Charles-Marie de la Condamine e Alexandre Rodrigues Ferreira – ensaio comparativo. In: GOMES, Flávio dos Santos (org.). Nas terras do Cabo Norte: fronteiras, colonização e escravidão na Guiana Brasileira – séculos XVII/XIX. Belém: Editora Universitária UFPA, 1999. p. 101-133.
DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Ana (org.). Ilhas e Sociedades insulares. São Paulo: NUPAUB, 1997.
DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Ana. Aspectos sociais e culturais do uso dos recursos florestais da Mata Atlântica. In: SIMÕES, Luciana Lopes; LINO, Clayton Ferreira (org.). Sustentável Mata Atlântica: exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Editora SENAC, 2003. p. 133-154.
DOMINGUES, Ângela. O Brasil nos relatos de viajantes ingleses do século XVIII: produção de discursos sobre o Novo Mundo. Revista Brasileira de História, [s. l.], v. 28, p. 133-152, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbh/a/7fHH3frzRZLsrKRTQLTk4gQ/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 15 jun. 2024.
FARES, Josebel Akel. Em dó maior, o canto elegíaco de um rio. In: FARES, Josebel Akel. O Entorno da Serpente: um discurso do imaginário tecido em verbo e imagens. Belém: Unama, 2001, p. 85-88.
FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Notícia histórica da Ilha de Joanes ou Marajó. Revista do Livro, Instituto Nacional do Livro, Rio de Janeiro, ano 7, n. 26, 1964.
FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. A história da arte e as imagens da Amazônia. In: FERREIRA, Arcângelo da Silva; MACIEL, Elisângela. (org.). História, cultura, trabalho e instituições na Amazônia. Manaus: Valer, 2021. p. 19-45.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Trad. Raquel Ramalhete. 25. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
GALLO, Geovanni. Marajó, a ditadura da água. 3. ed. Cachoeira do Arari: Museu do Marajó, 1997.
GALLO, Geovanni. Motivos Ornamentais da Cerâmica Marajoara. Cachoeira do Arari: Museu do Marajó, 2005.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
GRUZINSKI, Serge. As Quatro Partes do Mundo: história de uma mundialização. Tradução Cleonice Paes Barreto Mourão e Consuelo Fortes Santiago. Belo Horizonte: UFMG; São Paulo: Edusp, 2014.
HALL, Stuart. Cultura e Representação. Trad. Daniel Miranda e William Oliveira. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Apicuru, 2016.
HALL, Stuart. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Org. Liv Sovik; Trad. Adelaine La Guardia Resende. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da Unesco no Brasil, 2003.
HAMPÂTÉ BÂ, Amadou. A tradição viva. In: KI-ZERBO, J. (org.). História Geral da África I: metodologia e pré-história da África. São Paulo: Ed. Ática; Brasília, DF: UNESCO, 2010.
HOGGART, Richard. As utilizações da cultura: aspectos da vida cultural da classe trabalhadora. Lisboa: Ed. Presença, 1973. v. 1.
JURANDIR, Dalcídio. Poemas impetuosos ou o tempo é o do sempre escoa. Organização Paulo Nunes. Belém: Paka-Tatu, 2011.
JURANDIR, Dalcídio. Três casas e um rio. Belém: Cejup, 1994.
KRENAK, Ailton. Futuro ancestral. São Paulo: Cia. das Letras, 2022.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LE GOFF, J. História e memória. 4. ed. Campinas: Unicamp, 1996.
LÉVI-STRAUSS, C. Tristes Tópicos. São Paulo: Anhembi, 1956.
MADRI, Teodoro Calvo. La Prelacía de Marajó cumplió cincuenta años. Boletin de la Província de Santo Tomas de Villanueva da Ordem dos Agostinianos Recoletos, [s. l.], ano 59, n. 494, enero/feb. 1979.
MIGNOLO, Walter. The Darker Side of the Renaissance: colonization and the discontinuity of the classical tradition. Renaissance Quarterly, [s. l.], v. 45, n. 4, p. 808-828, 1992.
MIGNOLO, Walter. Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Tradução Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
MIGNOLO, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, [s. l.], v. 32, n. 94, p. 1-18, jun. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/nKwQNPrx5Zr3yrMjh7tCZVk/abstract/?lang=pt. Acesso em: 07 jun. 2024.
PATACA, Ermelinda Moutinho. A Ilha do Marajó na viagem philosophica (1783-1792) de Alexandre Rodrigues Ferreira. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, v. 1, n. 1, p. 149-169, jan./abr. 2005. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/bmpegch/pv1n1/v1n1a07.pdf. Acesso 10 jul. 2024.
PRATT, Mary Louise. Os olhos do império: relatos de viagem e transculturação. Tradução Jézio Hernani Bonfim Gutierre. Bauru, SP: EDUSC, 1999.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgard (org.). A colonialidade do poder: eurocentrismo e ciencias sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. (Colección Sur Sur).
RAMINELLI, Ronaldo José. Ciência e Colonização: viagem filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira. Revista Tempo, Niterói, v. 7, p. 5-28, 1998.
REICHEL-DOLMATOFF, Gerardo. Amazonian Cosmos. Chicago: University of Chicago Press, 1971.
REIS, José Carlos. A escola dos annales: a inovação em História. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2000.
RICCI, Magda de Oliveira. A revolução geral das coisas e o florescer do “direito das gentes”. Grão-Pará (1790-1809). 2021. Tese (Professor Titular de História). Universidade Federal do Pará, Belém, 2021.
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Ch’ixinakax utxiwa: una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón, 2010.
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Sociologia de la imagen: miradas ch’ixi desde la historia andina. Ciudad Autonoma de Buenos Aires: Tinta Limón, 2015.
SARRAF-PACHECO, Agenor. Uma viagem na cabeça da serpente: outras reflexões sobre cidade e educação no Marajó. In: PUREZA, Enil do S. de Sousa. Cidade & educação: memórias e experiências do ensino primário e ginasial em Breves – Marajó das Florestas (1943-1985). Londrina, PR: Editora Sorian, 2025. p. 19-24.
SARRAF-PACHECO, Agenor. Marajó – O coração da Amazônia: afroindígenas e agostinianos em práticas interculturais no regime das águas. Manaus: Editora Valer, 2024.
SARRAF-PACHECO, Agenor. Prefácio: re-existência Mapuá no coração do Marajó. In: COSTA, Eliane Miranda. Memórias amazônidas em escavações. Curitiba: Appris, 2023.
SARRAF-PACHECO, Agenor. Diásporas africanas e contatos afroindígenas na Amazônia Marajoara. Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 17, p. 27-63, 2016. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/cadernoshistoria/article/view/P.2237-8871.2016v17n26p27. Acesso em: 02 fev. 2025.
SARRAF-PACHECO, Agenor. Cosmologias afroindígenas na Amazônia Marajoara. Projeto História, [s. l.], v. 44, p. 197-226, 2012. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/10219. Acesso em: 03 abr. 2025.
SCHAAN, Denise Pahl. Os Filhos da Serpente: rito, mito e subsistência nos cacicados da Ilha de Marajó. Inter. J. South American Archaeol., [s. l.], v. 1, p. 49-56, 2007. Disponível em: http://ijsa.syllabapress.us/pt/article/ijsa00006. Acesso em: 20 jun. 2024.
SILVA, Jerônimo da Silva e. A cobra na cosmologia das rezadeiras amazônicas. Ciencias Sociales y Religión, [s. l.], v. 22, p. 1-22, 2020. Disponível em: https://doaj.org/article/dfdfcf0ce8ad4805afaff9253e70b553. Acesso em: 25 jun. 2024.
SILVA, José Pereira. Viagem ao Brasil de Alexandre Rodrigues Ferreira. [S. l.]: Editora Kapa, 2005. (Coleção Etnográfica, 3 v.)
SMITH, Linda Tuhiwai. Descolonizando metodologias: pesquisa e povos indígenas. Tradução Roberto G. Barbosa. Curitiba: Editora UFPR, 2018.
SOUZA JÚNIOR, José Alves de. “Negros da Terra e/ou Negros da Guiné”: a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão – comércio, trabalho, tráfico, escravidão e resistência na Amazônia colonial. São Paulo: LF Editorial, 2024.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida; Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
TAVARES, Marcela Botelho. A serpente como símbolo do tempo da arte latino-americana. ARJ – Art Research Journal, v. 9, n. 1, p. 1-16, jun. 2022. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/artresearchjournal/article/view/29702/15957. Acesso em: 05 abr. 2025.
THOMPSON, Edward Palmer. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 3 t.
THOMPSON, Edward Palmer. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Organização Antonio Luigi Negro e Sergio Silva. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001.
WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1979.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Cadernos de Pesquisa está licenciada com a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.














