A FORMAÇÃO CONTINUADA COMO UM PROCESSO EXPERIENCIAL
a transformação de educadores em Boa Vista do Tupim/BA
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229v29n3.2022.41Palavras-chave:
alfabetização, experiência, formação de professores, HabitusResumo
O estudo busca compreender como as ações engendradas no município de Boa Vista do Tupim romperam com o perverso ciclo de analfabetismo e com as proposições neoliberais de formação de professores. A pesquisa de campo foi realizada em três percursos distintos, tendo como dispositivos metodológicos as observações, as entrevistas e os encontros formativos. Os dados produzidos na pesquisa foram analisados a partir do conceito de experiência, discutido por Dewey e Larrosa; e do conceito de habitus, cunhado por Bourdieu e atualizado por Lahire. Das lições apreendidas, é possível afirmar que a formação continuada, quando concebida como um processo experiencial, potencializa de modo significativo as tensões entre o instituído e o instituinte, provocando deslocamentos no habitus de cada professor e do contexto no qual se insere. Habitus e experiência mantêm entre si uma relação de interdependência, residindo aí a potência do processo formativo, no qual os sujeitos assumem o papel de experimentadores de si mesmos e transformam coletivamente modos de ser, de pensar e de agir.
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