A MEDITAÇÃO HEIDEGGERIANA SOBRE A ORIGEM DA FILOSOFIA: Quando o pensamento se faz memória

Autori

DOI:

https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n37.2022.69

Parole chiave:

Heidegger, Filosofia, Memória, Pensamento

Abstract

O presente artigo ancora-se no pensamento do filósofo Martin Heidegger para examinar em que medida sua proposta de retorno à origem da Filosofia implica na instituição de um pensamento que se faz memória, de um pensamento rememorante (An-denken). Defende-se que o pensamento que pleiteia um passo de volta (Schritt zurück) em relação à origem da Filosofia visa, neste movimento retrospectivo, não desenterrar um passado morto, mas auscultar o que resta impensado neste alvorecer. Neste sentido, este pensamento (Denken) tem que fazer-se memória, tem que recordar os envios do ser desde a aurora da Filosofia. Argumenta-se que este pensar que se faz memória não é tomado no sentido de uma faculdade psicológica de conservar o passado na representação, mas como um exercício de correspondência aos modos de destinação do ser. 

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografia autore

Caroline Vasconcelos Ribeiro, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Doutora em Filosofia Universidade de Campinas (UNICAMP). Professora Titular do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH/UESB). Colaboradora do Programa de Pós-Graduação Memória: Linguagem e Sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). 

Riferimenti bibliografici

BRÜSEKE, Franz Josef. Heidegger como Crítico da Técnica Moderna. Belém: UFPA/NAEA, 1997.

CRAIA, Eladio Constantino Pablo. Heidegger e a técnica: sobre um limite possível. Aurora: Revista de Filosofia (PUCPR. Impresso), v. 25, p. 241-264, 2013.

DRUCKER, Claudia. O relato de viagem como gênero literário-filosófico em Hölderlin e Dostoiévski. RUS - Revista de Literatura e Cultura Russa. São Paulo: USP, v. 6, p. 21-35, 2015

GADAMER, Hans-Georg. Hermenêutica em retrospectiva. Trad. Marco Antônio Casanova. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Por Horas mais Silenciosas. In: Adauto Novaes (Org.). Mutações: O Silêncio e a Prosa do Mundo. 1ed. São Paulo: Edições Sesc, 2014.

HAAR, Michel. Heidegger e a essência do homem. Lisboa: Instituto Piaget, 1997.

HEIDEGGER, Martin. Sobre o problema do ser / O caminho do campo. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1969.

______. Que é isto - a filosofia? In: HEIDEGGER, Martin. Os pensadores. Trad. Ernildo Stein São Paulo: Abril Cultural, 1973a.

______. Tempo e Ser. In: HEIDEGGER, Martin. Os pensadores. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1973b.

______. O Fim da Filosofia e a Tarefa do Pensamento. Tradução Ernildo Stein. São Paulo: ed. Nova Cultural, 1991.

______. Holzwege. Frankfurt: Vittorio Klostermann, 1977.

______. Heráclito. Tradução Márcia Sá Cavalcante Schuback. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998.

______. Introdução à metafísica. 4 ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1999.

______. “O que quer dizer pensar?” In: Ensaios e conferências. Trad. Gilvan Fogel. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2002a.

______. “A questão da técnica”. In: Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2002b.

______. Caminhos de Floresta. Tradução de Irene Borges. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002c.

Heidegger, M. Hinos de Hölderlin. Tradução Lumir Nahodil. Lisboa: Instituto Piaget, 2004.

______. Nietzsche II. Tradução: Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007a.

______. Marcas do Caminho. Tradução: Enio Paulo Giachini e Emildo Stein. Petrópolis: Vozes, 2008a.

______. Parmênides. Tradução Sérgio Mário Wrublevski. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2008b.

______. Ser e Tempo. Tradução Fausto Castilho. Campinas: Unicamp; Petrópolis: Vozes, 2012.

______. Explicações da Poesia de Hölderlin. Trad. Claudia Drucker. Brasília: UnB, 2014.

______. O Hino de Hölderlin “Recordação”. Tradução Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Via Verita, 2017.

HEIDEGGER, Martin. Ser e verdade. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. 2 ed. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2021.

KAMPF, Vânia. Heidegger e o outro pensar: uma leitura de Que chamamos pensar?. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Reflexão, 2017.

LOPARIC, Zeljko. “Heidegger e a pergunta pela técnica”. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, série III, v. 6, n. 2, p. 107-138, 1996.

NUNES, Benedito. Passagem para o poético. 1. Ed. São Paulo: Editora Ática, 1986.

PESSOA, Fernando. Entre pensar e ser, Heidegger e Parmênides. Anais de Filosofia Clássica, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 78-86, jan. 2007.

PÖGGELER, Otto. A via do Pensamento de Martin Heidegger. Tradução de Jorge Telles de Menezes. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.

RIBEIRO, Caroline V. O fim da metafísica segundo Habermas: Ponderações à luz do pensamento heideggeriano. Princípios. Natal, v. 16. p. 107-134, 2009.

RICHARDSON, William. Heidegger: through phenomenology to thought. Nova York: Fordham University Press, 2003.

STEINER, George. As ideias de Heidegger. São Paulo: Cultrix, 1978.

VATTIMO, Gianni. As Aventuras da Diferença: o que significa pensar depois de Heidegger e Nietzsche. Lisboa: Edições 70, 1988.

WERLE, Marco Aurélio. Poesia e pensamento em Hölderlin e Heidegger. São Paulo: UNESP, 2005.

ZARADER, Marlène. Heidegger e as palavras da origem. Tradução João Duarte. Lisboa: Instituto Piaget, 1990

______. The Unthought Debt: Heidegger and the hebraic heritage. Tradução de Bettina Bergo. Stanford: Stanford University Press, 2006.

ZIMMERMAN, Michael. Confronto de Heidegger com a modernidade: tecnologia, política, arte. Lisboa: Instituto Piaget, 1990.

##submission.downloads##

Pubblicato

2022-12-13

Come citare

Silva, L. V. D. S. S., & Ribeiro, C. V. (2022). A MEDITAÇÃO HEIDEGGERIANA SOBRE A ORIGEM DA FILOSOFIA: Quando o pensamento se faz memória. Revista Húmus, 12(37). https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n37.2022.69

Fascicolo

Sezione

"Filosofia como crítica da tradição e da realidade”