A PARCERIA MONITOR-PROFESSOR NAS AULAS DE LETRAMENTO EM PROGRAMAÇÃO

o outro constitutivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2178-2229v29n4.2022.69

Palavras-chave:

Formação docente, entrevistas narrativas, letramento em programação, Scratch

Resumo

O presente artigo, resultado de uma pesquisa de doutorado, traz a análise de alguns excertos, a partir da realização de entrevistas narrativas que foram realizadas com professores da rede municipal de ensino de uma cidade da região metropolitana de Campinas, participantes de um Curso de Formação intitulado "Letramento em Programação” ofertado pelo município em parceria com o Instituto Ayrton Senna. Diante do exposto, temos como objetivo analisar, a partir das narrativas dos docentes, como a parceria estabelecida entre professores e monitores de informática pode contribuir para o letramento de professores em programação e de que forma estes vão se apropriando da linguagem computacional a partir das diferentes relações dialógicas estabelecidas entre eles. Nossos resultados apontam que os professores foram se apropriando dos conceitos a partir da sua relação com o(s) outro(s), no intenso movimento dialético e dialógico que ocorria na relação com o monitor de informática e demais agentes envolvidos no processo educacional.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Estefania Bissoni, Universidade São Francisco

Doutora em Educação pela Universidade São Francisco, Mestre em Educação pela USF (2015), Pós graduada em Administração de Empresas com ênfase em Marketing pela USF (1999) e em Metodologia em Educação a Distância pelo Centro Universitário Claretiano (2012). Graduada em Análise de Sistemas pela Universidade São Francisco Itatiba (1993) e em Licenciatura em Computação pelo Centro Universitário Claretiano (2008). É professora na Universidade São Francisco ministrando disciplinas como: Educação e Tecnologias, Escola e Contexto, Lógica para Programação, Algoritmos Computacionais e Negócios na Internet (EaD). Tem experiência na área de Educação com ênfase em informática.

Milena Moretto, Universidade São Francisco

Graduada em Letras, Mestra e Doutora em Educação pela Universidade São Francisco (USF). Atua no Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Educação da USF, na linha de pesquisa Educação, Linguagens e Processos Interativos. Participa do grupo de pesquisa Relações de ensino e trabalho docente e é vice-líder do grupo ALTER-LEGE/USF. Suas pesquisas estão centradas nesses temas: leitura, produção de textos, ensino de gêneros textuais, análise linguística, letramento e formação docente. E-mail: milena.moretto@yahoo.com.br

Referências

BAKHTIN, M.M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 12ª. ed. São Paulo: Hucitec, 2010.

BAKHTIN, M.M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BUZATO, M. E. K. Letramentos digitais e formação de professores. São Paulo: Portal Educarede, 2006.

CONNELLY, F. Michael; CLANDININ, D. Jean. Relatos de Experiência e Investigación Narrativa. In LARROSA, Jorge et. Al. Déjame que te cuente: ensayos sobre narrativa y educación. Barcelona: Laertes, 1995, p. 11-59.

DOMINICÉ, Pierre. O método (auto)biográfico e a formação. Natal, RN: EDUFRN; São Paulo, 2010. p. 34- 7.

DUDENEY, Gavin; HOCKLY, Nicky; PEGRUM, Mark. Letramentos Digitais. Tradução Marcos Marcionilo – 1. ed. – São Paulo: Parábola Editorial, 2016. p. 352.

ELOY, A. A. de; OLIVEIRA, A. M.; GOTARDO, L.; LUKJANENKO, M. de F. P. Programa Letramento em Programação: o ensino do pensamento computacional em escolas públicas brasileiras. In: RAABE, A.; ZORZO, A. F.; BLIKSTEIN, P. (Orgs.). Computação na Educação Básica: fundamentos e experiências. Porto Alegre: Penso, 2020, p. 316.

FARACO, Carlos Alberto. Criação Ideológica e Dialogismo. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola, 2009, p. 45-97.

FERRAROTTI, Franco. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (Org.). O método (auto) biográfico e a formação. Natal, RN: UFRN; São Paulo: Paulus, 2010, p. 31-57.

FREITAS, Maria Teresa de A. Linguagem, consciência e vida humana no pensamento de Bakhtin e Vygotski. In: FREITAS, M.T. de A.; RAMOS, B.S. da Silva (org.). Bakhtin partilhado. Curitiba: CRV, 2017, pg. 13-26.

KLEIMAN, A. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e a escrever? Cefiel/IEL/Unicamp, 2005.

KLEIMAN, Ângela. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado da Letras, 1995.

PAIVA, Maria da Conceição de. Transcrição de dados lingüísticos. In: MOLLICA, Maria Cecília.; BRAGA, Maria Luiza. (orgs.) Introdução à sociolingüística: o tratamento da variação. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2004. p. 135-146.

PASSEGI, Maria da Conceição; SILVA, Vivian Batista da (Org.) Invenções de vidas, compreensão de itinerários e alternativas de formação. São Paulo, Editora Cultura Acadêmica, 2010.

RIBEIRO, Mariana Henrichs; FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Letramento digital: um desafio contemporâneo para a educação. Educação Tecnológica. Belo Horizonte. vol. 16, nº 3, set.dez. 2011, p. 59-73.

SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educação e Sociedade, Campinas, v. 23, n. 81 p. 143-160, dez. 2002.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.

SOUZA, E.C. de. (Org.). Autobiografias, História de Vida e Formação: pesquisa e ensino. Salvador: Eduneb; EDIPUCRS, 2006.

SOUZA, Valeska Vírginia Soares. Letramento Digital e formação de professores. Revista Língua Escrita, Belo Horizonte, n. 2, p. 55-59, dez. 2007.

STREET, B.V. Os novos estudos sobre o letramento: histórico e perspectivas. In: MARINHO, M.; CARVALHO, G.T. (orgs.) Cultura escrita e letramento. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

STREET, B.V. Eventos de letramento e práticas de letramento: teoria e prática nos novos estudos de letramento. In: MAGALHÃES, I. (org). Discursos e práticas de letramento: pesquisa etnográfica e formação de professores. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2012.

VIANNA, C. A. D.; SITO, L; VALSECHI, M. C; PEREIRA, S. L. M. Do letramento aos letramentos: desafios na aproximação entre letramento Acadêmico e letramento do professor. In: KLEIMAN, A. B.; ASSIS, J. A. (Orgs.). Significados e ressignificações do letramento: desdobramentos de uma perspectiva sociocultural sobre a escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2016. p. 2762.

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1991.

Downloads

Publicado

2022-12-21

Como Citar

BISSONI, Estefania; MORETTO, Milena.
A PARCERIA MONITOR-PROFESSOR NAS AULAS DE LETRAMENTO EM PROGRAMAÇÃO: o outro constitutivo
. Cadernos de Pesquisa, v. 29, n. 4, p. 325–349, 21 Dez 2022Tradução . . Disponível em: . Acesso em: 3 mai 2024.