A PAIXÃO DA FÉ NA FILOSOFIA DA RELIGIÃO DE SØREN KIERKEGAARD
Resumo
O pensamento de Kierkegaard está inserido no contexto da crítica filosófica da religião iniciada com Hegel. Kierkegaard se opõe à perspectiva da Filosofia da Religião de Hegel de redução do cristianismo a um sistema dominado pela lógica, bem como da junção entre religião e filosofia, em que a especulação filosófica justifica e explica racionalmente a fé. O problema da relação entre a razão e a fé é o ponto de partida da defesa da fé como paixão. No livro Temor e Tremor, Kierkegaard analisa a essência da fé cristã na passagem bíblica da história do sacrifício de Isaac, solicitado por Deus à Abraão, em Gêneses 22. A fé é compreendida como dimensão da subjetividade e, para Kierkegaard, a ‘subjetividade é a verdade’. Verdade que é apropriada na interioridade e que precisa fazer sentido na vida do indivíduo. É a partir dessa ênfase na interioridade, que o filósofo estabelece a discussão sobre a autenticidade e fundamenta a sua crítica à cristandade. A perspectiva do presente trabalho é esboçar a essência da fé cristã em Kierkegaard, a paixão da fé, para o aprofundamento da reflexão sobre o significado do cristianismo e do ser cristão hoje - diante da confusão e crise de valores da sociedade contemporânea, do mercantilismo religioso da fé cristã, das incoerências do fundamentalismo e intolerância religiosa -, apontando direções para a discussão sobre alteridade e fé cristã na contemporaneidade.Downloads
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Publicado
2017-04-01
Como Citar
Campelo, R. D., & Souza, J. T. B. de. (2017). A PAIXÃO DA FÉ NA FILOSOFIA DA RELIGIÃO DE SØREN KIERKEGAARD. Revista Húmus, 7(19). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/7002
Edição
Seção
Artigos