ANÁLISE DE IMAGEM FIGURATIVA: entre limites e possibilidades no campo da História da Arte
Resumo
Este artigo pretende abordar a produção artística no século XIX em Goiás (Cidade de Goiás e Pirenópolis) e discutir a relação entre a arte e o sagrado e a problemática em torno da leitura da significação das imagens ou ícones religiosos em História da Arte. Pretende-se também abordar a figuração. Em particular destacamos a arte sacra goiana a partir de Veiga Valle, que embora concebido como artista singular tem muita herança dos escultores portugueses, até mesmo em sua caligrafia escultórica. Fruto de seu tempo o artista, que não foi acadêmico, não estava isolado em Goiás, mesmo que tenha se inspirado em modelos de esculturas sacras europeias e brasileiras, soube dar a sua interpretação neste exercício mimético. Os estudos sobre as imagens realizadas pelo santeiro goiano - Veiga Valle e por outros escultores que vieram posteriormente como seu filho Henrique Ernesto, nos propõe discussões a respeito de arte figurativa, ícone, sagrado, mimese e encarnação.