A AMBIGUIDADE COMO LINGUAGEM DA NEGATIVIDADE: Um Estudo Sobre o “Conceito de Ironia” de Soren Kierkegaard
Resumo
Segundo Soren Kierkegaard, a positividade da linguagem (conceituação do fenômeno) constitui atributo pessoal para o estabelecimento de valores. Onde a subjetividade é condição para se dizer o mundo. É assim quando faz história, conceitua os fenômenos e as pessoas a sua volta. O Conceito de Ironia ao se dedicar ao fenômeno Sócrates parte do testemunho de seus contemporâneos (Xenofontes, Platão e Aristófanes) tipificando um movimento dialético (logo uma linguagem) que vai do positivo ao negativo, que ele descreve como útil, poético e irônico. Ao determinar o negativo como o lugar do irônico, o presente trabalho se dedicará a destacar essa relação especificamente no testemunho de Aristófanes sobre Sócrates, logo, na comédia caracterizada pela ambiguidade, assim como apresentar o valor expressamente crítico desse método, seja para a polis grega com Sócrates, seja pela retomada que dele faz Soren Kierkegaard contra a cristandade europeia, representando toda uma cultura.