O USO DE ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS COMO FONTE DE ALIMENTOS: uma questão de compliance ambiental
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n35.2022.19Palavras-chave:
segurança alimentar, compliance, meio ambiente, organismo geneticamente modificado, saúde humanaResumo
Este artigo analisou a sociedade de risco e as dimensões da sustentabilidade diante do emprego de organismos geneticamente modificados, popularmente chamados de transgênicos, enquanto fonte de alimento para o homem. Por conseguinte, faz-se necessário o surgimento do compliance ambiental enquanto forma de precaver e amenizar as incertezas que essa prática empresarial pode causar para as gerações futuras, a saúde humana e ao meio ambiente. A metodologia utilizada foi a jurídico-teórica e o procedimento dedutivo, juntamente com a pesquisa bibliográfica. Por fim, conclui-se que, diante das incertezas científicas quanto aos efeitos que os transgênicos podem causar à saúde humana e ao meio ambiente, as empresas devem aplicar o compliance ambiental a fim de adequar sua postura frente a realidade socioambiental atual.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Alessandra Bagno F. R. de; ARAÚJO, Marinella Machado. O direito ao desenvolvimento sustentável e a dimensão simbólica de sua aplicação. In: REZENDE, Élcio Nacur; CARVALHO, Valdênia Geralda de (Orgs.). Direito ambiental e desenvolvimento sustentável: edição comemorativa dos dez anos da Escola Superior Dom Helder Câmara. Belo Horizonte: Escola Superior Dom Helder Câmara, 2013. p. 11-51.
BARBOSA, Michelle Sanches. Compliance Ambiental. Revista Magister de Direito Ambiental e Urbanístico, Porto Alegre, v.8, n.47, p.46-60, abr./maio 2013.
BRAGA, Pedro. A sociedade de risco e o Direito Penal. Revisa de Informação Legislativa, Brasília, a.42, n.168, out/dez. 2005.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial, Brasília, 05 out. 1988.
BRASIL. Lei nº 11.105, 24 de março de 2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 29 mar. 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm#:~:text=1%C2%BA%20Esta%20Lei%20estabelece%20normas,o%20descarte%20de%20organismos%20geneticamente. Acesso em: 27 mai. 2021.
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Relatório Anual 2016. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança: Brasília, 2016. Disponível em: http://ctnbio.mctic.gov.br/documents/566529/664456/Relat%C3%B3rio+Anual+2016/d26f55b5-0d81-46e2-9daa-7cac3274326b?version=1.0. Acesso em: 08 nov. 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3526, de 2005. Diário de Justiça Eletrônico: Brasília, 2005. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2305630. Acesso em: 08 nov. 2021.
COIMBRA, Marcelo de Aguiar; MANZI, Vanessa A. Manual de compliance. São Paulo: Atlas, 2010.
CORNETTE, Patricia de Lucena. Será que o verde irá deixar a bandeira brasileira? Breve análise do Projeto de Lei 2401/2003. A saída brasileira para biosegurança e Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Relatório de Impacto Ambiental e participação pública. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 9, n. 457, 7 out. 2004. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/5620. Acesso em: 8 nov. 2021.
FERNANDES, Paulo Silva. Globalização, sociedade de risco e o futuro do direito penal: panorâmica de alguns problemas comuns. Coimbra: Almedina, 2001.
GOMES, Magno Federici; VASCONCELOS, Carlos Frederico Saraiva de. Das Atribuições Administrativas na Gestão e Supervisão do Patrimônio Genético Brasileiro. Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM, Santa Maria-RS, v. 11, n. 1, p. 348-364, jan./jun. 2016. Disponível em: http://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/21490/pdf_1#.V3O_cdIrK1s. Acesso em: 30 nov. 2021.
GOMES, Magno Federici; MESQUITA, Leonardo Paiva de. Sociedade de risco, sustentabilidade e princípio da precaução. Revista do Direito, Santa Cruz do Sul, v.3, n.50, p. 16-33, set/dez. 2016. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/direito/article/view/7863. Acesso em: 30 nov. 2021.
GOMES, Magno Federici; OLIVEIRA, Warley Ribeiro. A efetivação do compliance ambiental diante da motivação das certificações brasileiras. Revista de Direito da Faculdade Guanambi, v. 4, n. 1, p. 187-208, jan./jun. 2017. Disponível em: http://revistas.faculdadeguanambi.edu.br/index.php/Revistadedireito/article/view/143. Acesso em: 30 nov. 2021.
GOMES, Magno Federici; FERREIRA, Leandro José. A dimensão jurídico-política da sustentabilidade e o direito fundamental à razoável duração do procedimento. Revista do Direito, Santa Cruz do Sul, n. 52, v. 2, p. 93-111, maio/set. 2017. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/direito/article/view/8864. Acesso em: 30 nov. 2021.
CABRAL, Ana Luiza Novais; GOMES, Magno Federici. A necessidade de estudo prévio de impacto ambiental nos procedimentos de aprovação de organismos geneticamente modificados no Brasil. Scientia Iuris, Londrina, v. 22, n. 2, p. 11-42, jul. 2018. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/iuris/article/view/33967. Acesso em: 30 nov. 2021.
GOMES, Magno Federici; FERREIRA, Leandro José. Políticas públicas e os objetivos do desenvolvimento sustentável. Direito e Desenvolvimento, João Pessoa, v. 9, n. 2, p. 155-178, ago./dez. 2018. Disponível em: https://periodicos.unipe.br/index.php/direitoedesenvolvimento/article/view/667. Acesso em: 30 nov. 2021.
GOMES, Magno Federici; FERREIRA, Leandro José. O programa de integridade ambiental regulatório da atividade econômica como forma de prevenção de litígios ambientais: a democracia deliberativa na seara administrativa. Revista Direito Público, Brasília, n. 93, v. 17, p. 240-264, maio/jun. 2020. Disponível em: https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/direitopublico/article/view/3348. Acesso em: 30 nov. 2021.
NAVES, Bruno Torquato de Oliveira; SILVA, Marcela Vitoriano e. Organismos geneticamente modificados sob a perspectiva da tutela das gerações futuras. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v. 11, no 22, p. 355-380, jul./dez. 2014. Disponível em:
http://www.domhelder.edu.br/revista/index.php/veredas/article/view/473/428. Acesso em: 10 out. 2021.
NUNES, Ana Carolina. Europa diz não aos transgênicos. Revista IstoÉ, Tecnologia & Meio Ambiente, 09 out. 2015. Disponível em https://istoe.com.br/438343_EUROPA+DIZ+NAO+AOS+TRANSGENICOS/. Acesso em: 08 nov. 2021.
OLIVEIRA, Cida de. Aprovação de organismos transgênicos mais do que duplica no governo de Jair Bolsonaro. Rede Brasil Atual, 28 out. 2019. Disponível em https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2019/10/aprovacao-de-organismos-transgenicos-mais-do-que-duplica-no-governo-de-jair-bolsonaro/. Acesso em: 08 nov. 2021.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Relatório Rio + 20: O modelo brasileiro. Brasília, 2012. Disponível em: http://www.rio20.gov.br/documentos/relatorio-rio-20/1.-relatorio-rio-20/at_download/relatorio_rio20.pdf. Acesso em: 07 nov. 2021.
RODRIGUES, Maria Rafaela Junqueira Bruno. Biodireito: alimentos transgênicos. São Paulo: Lemos e Cruz, 2002.
SUZUKI, Jorge Brunetti. OGM: Aspectos Polêmicos e a Nova lei de Biossegurança. Instituto de Direito Sanitário Aplicado – IDISA, Brasília, 2006. Disponível em http://idisa.org.br/img/File/OGM.pdf. Acesso em: 08 nov. 2021.
ULTCHAK, Alessandra Alvissus de Melo Salles. Organismos geneticamente modificados: a legalização no Brasil e o desenvolvimento sustentável. Revista Internacional Interdisciplinar (INTERhesis), Florianópolis, v.15, n.2, p.125-142, maio-ago. 2018. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/329262344_Organismos_geneticamente_modificados_a_legalizacao_no_Brasil_e_o_desenvolvimento_sustentavel. Acesso em: 08 nov. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Húmus
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.