O uso de jogos educativos na educação inclusiva: construção de um estado da arte
DOI:
https://doi.org/10.18764/2358-4319v18e24511Palavras-chave:
jogos, educação especial, estado da arteResumo
A educação especial é uma modalidade de ensino voltada para o atendimento educacional de alunos com Deficiência (física, intelectual, visual, auditiva), Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Altas Habilidades/Superdotação. Ela busca garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade, promovendo a inclusão escolar por meio de práticas pedagógicas adaptadas às diversas demandas. A educação especial valoriza a individualidade dos alunos e utiliza estratégias diversificadas para facilitar o aprendizado. Esta pesquisa do tipo estado da arte foi realizada com a finalidade de mapear estudos acadêmicos que discutem acerca dos jogos como estratégia didática na educação especial. Nesse sentido, a proposta deste trabalho é questionar: como as dissertações de mestrado, teses de doutorado e os artigos científicos abordam a importância dos jogos educativos na perspectiva da educação especial? A metodologia adotada no artigo consistiu na análise qualitativa, por meio de uma pesquisa de revisão bibliográfica sobre o tema de estudo. O estado da arte foi desenvolvido com dados primários obtidos através do Banco de Teses e Dissertações da CAPES e no indexador SciELO Brasil. Na ocasião, foram inseridos como descritores os termos: Educação inclusiva, jogos e ensino. Após o estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão, obteve-se 20 trabalhos, sendo uma tese de doutorado, 13 dissertações de mestrado, e seis artigos científicos. Como resultado, foi possível constatar que a inserção de jogos, sobretudo os digitais, apresenta resultados favoráveis no processo de promoção de uma educação inclusiva. Os trabalhos analisados evidenciaram a necessidade de cursos de formação continuada para os professores atuarem na Educação Inclusiva.
Downloads
Referências
ALVES, Adriana Gomes; HOSTINS, Regina Célia Linhares. Elaboração Conceitual por meio da Criação Colaborativa e Coletiva de Jogos Digitais na Perspectiva da Educação Inclusiva. Revista Brasileira de Educação Especial [online]. v. 25, n. 4, pp. 709-728, 2019a. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s1413-65382519000400011 Acesso em: 08 jul. 2024.
ALVES, Adriana Gomes; HOSTINS, Regina Célia Linhares. Desenvolvimento da Imaginação e da Criatividade por meio de Design de Games por Crianças na Escola Inclusiva. Revista Brasileira de Educação Especial [online]. v. 25, n. 1, pp. 17-36. 2019b. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-65382519000100002 Acesso em 08 de jul. 2024.
ALVES, Adriana Gomes; HOSTINS, Regina Célia Linhares; MAGAGNIN, Nicole Migliorini. Autoria de Jogos Digitais por Crianças com e sem Deficiências na Sala de Aula Regular. Revista Brasileira de Educação Especial [online]. 2021, v. 27 [Acessado 8 agosto 2024]. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1980-54702021v27e0079>. Epub 08 Out 2021. ISSN 1980-5470. https://doi.org/10.1590/1980-54702021v27e0079.
BARROS, Alessandra; JESUS, Adriana Santos; BARBOSA, Aurenívea Garcia. O uso de jogos pedagógicos e recreativos com pacientes pediátricos do Hospital Universitário Professor Edgard Santos. In: MIRANDA, Theresinha Guimarães; GALVÃO FILHO, Teófilo Alves (org.). O professor e a educação inclusiva formação, práticas e lugares. EDUFBA, Salvador, 2012.
BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Portugal: Porto Editora, 1994.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 5 dez. 2023.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 152, nº 127, p. 2, 7 jul. 2015.
COSTA, Franciele dos Santos. As possibilidades do uso dos jogos para o trabalho didático pedagógico com crianças com deficiência na educação infantil. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação) - Universidade Estadual De Mato Grosso Do Sul. Campo Grande, 135f, 2021.
FERNANDES, Maicris. Jogo assistivo para auxiliar no processo de alfabetização de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo. Dissertação (Mestrado em Tecnologia e Saúde) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Paraná, 112f, 2019.
FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, São Paulo, ano 23, n. 79, p. 257-272, ago. 2002.
FERREIRA, Simone Pinto. Jogos digitais como recurso de Tecnologia Assistiva com foco no controle inibitório de estudantes com Paralisia Cerebral. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Presidente Prudente, 128f, 2023.
HONORATO, Noemi da Silva. Strong e Herde: Jogos em 2D e 3D com Características para Estimular o Processo Cognitivo das Crianças com Autismo. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) - Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto, 2022.
MORAES, Lucas Almeida Prado de. O uso do jogo eletrônico e do RPG como recurso de avaliação da criatividade de estudantes precoces e superdotados. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Marília, SP, 154f, 2018.
MORAIS, Tula Maria Rocha. Cenários inclusivos para alfabetização matemática de alunos diferentemente eficientes mediados por ambiente musical e jogos. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Centro Universitário Anhanguera de São Paulo. São Paulo, 219f, 2022.
MORENO, Julián; MURILLO, Wilmar de Jesús. Jogo de Carbonos: uma Estratégia Didática para o Ensino de Química Orgânica para Propiciar a Inclusão de Estudantes do Ensino Médio Com Deficiências Diversas. Revista Brasileira de Educação Especial [online]. v. 24, n. 4 pp. 567-582, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-65382418000500007>. Acesso em 06 de jul. 2024.
MOROSINI, Marília Costa; FERNANDES, Cleoni Maria Barboza. Estado do Conhecimento: conceitos, finalidades e interlocuções. Educação Por Escrito, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 154-164, jul.-dez. 2014.
OLIVEIRA, Rháleff Nascimento Rodrigues de et al. Desenvolvimento e Avaliação da Usabilidade e Acessibilidade de um Protótipo de Jogo Educacional Digital para Pessoas com Deficiência Visual. Revista Brasileira de Educação Especial [online]. 2021, v. 27 [Acessado 8 agosto 2024], e0190. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1980-54702021v27e0190>. Epub 30 Jul 2021. ISSN 1980-5470. https://doi.org/10.1590/1980-54702021v27e0190 .
PACITTI, Mirella Horvatte. Jogo de tabuleiro adaptado a estudantes com baixa visão: aprimoramento de habilidade perceptomotoras no contexto da imaginação, Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Presidente Prudente, 90f, 2022.
PEREIRA, Raquel Alves. A utilização dos jogos digitais como recurso pedagógico no desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro do autismo. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 167f. 2018.
PINHEIRO, Alexandre Vieira. Jogo tetris de forma analógica como possibilidade para o desenvolvimento do tempo de atenção de estudantes entre sete e onze anos com autismo. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias) - Centro Universitário Internacional. Curitiba, 219f, 2021.
PINTO, Jacyguara Costa. et al.; A Importância da Atividade Lúdica na Educação Inclusiva. Revista Brasileira de Ensino e Aprendizagem, v.7, 2023.
RAMOS, Daniela Karine; GARCIA, Fernanda, Albertina. Jogos Digitais e Aprimoramento do Controle Inibitório: um Estudo com Crianças do Atendimento Educacional Especializado. Revista Brasileira de Educação Especial [online]. Pp. 37-54, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-65382519000100003 Acesso em 08 de jul. 2024.
ROCHA, Murilo Rodrigues da. Jogo para o auxílio ao aprendizado de matemática na educação especial. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 133f, 2016.
ROMANOWSKI, Joana Paulin; ENS, Romilda Teodora. As pesquisas denominadas do tipo “Estado da Arte”. Diálogos Educacionais, Paraná, v. 6, n. 6, p. 37-50, 2006. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=189116275004. Acesso em: 30 jun. 2024.
ROMAO, Antonia Alves de Oliveira. Ludicidade no ensino da matemática para alunos com deficiência intelectual atendidos em sala de recursos: trabalhando as quatro operações. Dissertação (Mestrado Profissional em Projetos Educacionais de Ciências) - Escola de Engenharia de Lorena. Lorena, SP, 109f, 2022.
SANTOS, Joao Paulo dos Passos. Jogos educacionais no desenvolvimento das funções psicológicas superiores em crianças com Deficiência Intelectual. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 205f, 2018.
SANTOS, Talita Maria Souza. Desempenho de habilidades manipulativas de uma estudante com paralisia cerebral em face do uso de jogos digitais. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Presidente Prudente, 37f, p. 2022.
SILVA, Pedro Henrique Ferreira da. O fazer cênico do Centro de Ensino Especial: possibilidades de criação com os jogos teatrais. Dissertação (Mestrado Profissional em Artes) – Universidade de Brasília. Uberlândia, 86f, 2020.
UNESCO, Declaração Mundial de Educação para Todos e Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem. Conferência Mundial sobre Educação para Necessidades Especiais, 1994, Salamanca (Espanha). Genebra: UNESCO, 1994.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Educação e Emancipação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Declaração de Responsabilidade e Transferência de Direitos Autorais
Como condição para a submissão, os autores devem declarar a autoria do trabalho e concordar com o Termo de Transferência de Direitos Autorais, marcando a caixa de seleção após a leitura das cláusulas):
- Certifico que participei da elaboração deste trabalho;
- Não omitir qualquer ligação ou acordo de financiamento entre os autores e instituições ou empresas que possam ter interesses na publicação desse trabalho;
- Certifico que o texto é original isento de compilação, em parte ou na íntegra, de minha autoria ou de outro (os) autor (es);
- Certifico que o texto não foi enviado a outra revista (impressa ou eletrônica) e não o será enquanto estiver sendo analisado e com a possibilidade de sua publicação pela Revista Educação e Emancipação;
- Transfiro os direitos autorais do trabalho submetido à Revista Educação e Emancipação, comprometendo-me a não reproduzir o texto, total ou parcialmente, em qualquer meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem que a prévia autorização seja solicitada por escrito à Revista Educação e Emancipação e esta a conceda.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.










