Os conhecimentos profissionais necessários ao professor de línguas na era da inteligência artificial
DOI:
https://doi.org/10.18764/2358-4319v18e23848%20%20Palavras-chave:
formação de professores, inteligência artificial, multiletramentosResumo
Desde que passamos a utilizar ferramentas de busca na internet em substituição às enciclopédias físicas, começamos a interagir com sistemas computacionais que incorporam elementos de automação e processamento inteligente de informações — características que, em certos contextos, podem ser associadas a formas básicas de inteligência artificial. Todavia, a chegada de inteligências artificiais generativas, como o ChatGPT, faz com que tenhamos de pensar nos conhecimentos que professores precisam neste mundo hiperconectado. Nosso objetivo é identificar, pela voz de professoras em ação, alguns novos conhecimentos necessários para a docência contemporânea evidenciados pelas participantes da pesquisa na escrita reflexiva de diários enquanto participavam de formação continuada em serviço. Para fins deste artigo, analisamos os diários reflexivos produzidos pelas participantes no fechamento da Unidade Temática 2: “Os desafios e possibilidades com os avanços das TD (e IA)”. Sustentam a investigação os estudos de letramento de vertente sociocultural (Kleiman, 1995, 2008), os multiletramentos e multimodalidade (Cazden et al, 2021; Kalantiz; Cope, 2023; Kalantzis, Cope, Pinheiro, 2020; Ribeiro, 2021) e formação de professores (Nóvoa, 2023; Kersch, 2020). Os resultados mostram que, em tempos de inteligências artificiais, mais do que ler e escrever, no impresso e no digital, é preciso trabalhar o olhar crítico, a autoria e o comprometimento ético, e a capacidade exploratória, além de desenvolver inteligência emocional frente aos desafios e capacidade de pôr ideias em prática, conhecimentos que tendem a levar à inovação em sala de aula.
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