MOBILIDADE SEMÂNTICA E FUNCIONAL DO ADVÉRBIO EM ESTRUTURAS FRASAIS DO PB

A TAXONOMIA TRADICIONAL EM DISCUSSÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2525-3441v8n22.2023.8

Palavras-chave:

Advérbio, Mudança linguística, Atitude linguística

Resumo

O objetivo deste artigo é apontar algumas considerações sobre a questão de se levar à dimensão avaliativa a definição que a GT faz da “classe dos advérbios”. Cegalla (2008, p.259) diz que o “[...] advérbio é uma palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.” Já em Neves (2018, p.360), “[...] a classe dos advérbios é bastante heterogênea, e o importante é observar o papel que as diversas subclasses desses elementos podem exercer nos diversos usos linguísticos”, tal observação comumente não é considerada pela Gramática Tradicional, doravante GT, que adota como orientativa para os estudos da língua uma taxonomia que exclui os usos da língua, classificando o advérbio como uma classe de palavra invariável. Portanto, os usos linguísticos atualizam-se e, portanto, os estudos gramaticais de perspectiva não tradicional, que se ocupam em refletir a língua em seus usos reais, têm questionado essa definição. Um teste de atitude linguística foi aplicado entre estudantes do curso de Letras com a finalidade de observar como os informantes classificam palavras que funcionam como advérbios, mas, que, tradicionalmente, não são admitidas como pertencendo à classe de palavras, ou seja, itens lexicais que não estão categorizados como advérbios no cânone da GT. Assim, o problema investigado será a percepção que os falantes têm quanto à mobilidade semântica e funcional do advérbio. Como metodologia, usamos a pesquisa de campo, com dados coletados por amostragem, baseado na fundamentação teórica do modelo de análise sociolinguística.

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Biografia do Autor

Geralda Fátima de Souza Rodrigues, Universidade Federal de Mato Grosso

Professora na Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT/CUA. Doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.

Silvana Francisco Guedes Camilo Costa, Universidade Federal Fluminense

Mestranda em Teoria e Análise Linguística no Posling/UFF (Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal Fluminense) e Licenciada em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT/CUA.

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Publicado

2023-06-09

Como Citar

RODRIGUES, Geralda Fátima de Souza; COSTA, Silvana Francisco Guedes Camilo.
MOBILIDADE SEMÂNTICA E FUNCIONAL DO ADVÉRBIO EM ESTRUTURAS FRASAIS DO PB: A TAXONOMIA TRADICIONAL EM DISCUSSÃO
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 8, n. 22, p. 155–176, 9 Jun 2023Tradução . . Disponível em: . Acesso em: 27 abr 2024.