Pluralidade Linguística na História da Educação Brasileira

Autores

  • Wellington de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais.
  • Wéllia Pimentel Santos Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

DOI:

https://doi.org/10.18764/2358-4319.v9n1p218-237

Palavras-chave:

Diversidade. Língua. Português.

Resumo

RESUMO


No início do processo de colonização, os portugueses tiveram de conviver com as muitas línguas que eram faladas pelos povos indígenas que ocupavam o território brasileiro. A partir do século XVIII, um Decreto do governo do Marquês de Pombal proibiu o uso da chamada língua geral e demais línguas nativas, impondo ao povo brasileiro a língua
portuguesa como língua oficial. Entretanto, muitas línguas indígenas permaneceram, talvez como forma de resistência. O português é a língua oficial do Brasil, mas esse mesmo Brasil é dono de um patrimônio linguístico que conta com cerca de 200 línguas indígenas, além de ter grande influência em outras línguas de origem africana, europeia e asiática. Destarte, o presente trabalho, partindo de uma análise crítica, visa trazer algumas concepções sobre essa diversidade linguística na história da educação brasileira. Para tanto, esta pesquisa faz um breve retrospecto sobre o processo que levou a hegemonização do português falado no Brasil, discute os métodos de repressão aos povos migrantes do sul do Brasil e o processo de extinção das línguas dos
povos indígenas, além de trazer uma breve abordagem sobre a variação linguística no que tange ao português falado assim como o escrito. A metodologia aplicada ao trabalho se ateve a um estudo descritivo, do tipo revisão bibliográfica, que se respaldou em literaturas científicas e trabalhos acadêmicos referenciados, que discutem a diversidade cultural e sociolinguística, com enfoques distintos.


Palavras-chave: Diversidade. Língua. Português.

ABSTRACT


At the beginning of the colonization process, the Portuguese had to live with many languages that were spoken by the indigenous people who occupied the Brazilian territory. From the eighteenth century, a government decree of the Marquis of Pombal banned the use of socalled general language and other native languages, requiring the Brazilian people to Portuguese as an official language. However, many
indigenous languages remained, perhaps as a form of resistance. Portuguese is the official language of Brazil. But that same Brazil owns a linguistic heritage that has about 200 indigenous languages, besides having great influence on other languages of African, European and Asian origin. Thus, the present study, based on a critical analysis, aims
to bring some views on this linguistic diversity in the history of Brazilian education. Therefore this research makes a brief review of the process that led to the hegemony of the Portuguese spoken in Brazil, discusses the methods of repression of migrant people in southern Brazil and the
process of extinction of the languages of indigenous peoples, and bring a brief approach on linguistic variation in relation to the Portuguese spoken as well as written. The methodology applied to this work adhered to a descriptive study, the type literature review, which is backed by scientific literature and referenced academic papers that discuss cultural diversity and sociolinguistics with different approaches. 


Keywords: Diversity. Language. Portuguese.

RESUMEN


Al comienzo del proceso de colonización, los portugueses tuvieron que convivir con muchas lenguas que eran habladas por los indígenas que ocupaban el territorio brasileño. A partir del siglo XVIII, un Decreto del gobierno del Marqués de Pombal prohibió el uso de lallamada lengua general y otras lenguas nativas, imponiendo al puebblo brasileño la lengua portuguesa como lengua oficial. Sin embargo, muchos idiomas indígenas siguieron siendo, tal vez como una forma de resistencia. El portugués es la lengua oficial de Brasil, pero esse mismo Brasil posee un patrimonio lingüístico que tiene alrededor de 200 lenguas indígenas, además de tener una gran influencia en otras lenguas de origen africana, europea y asiática. Así, el presente estudio, basado en un análisis crítico, tiene como objetivo traer algunas concepciones sobre esta diversidade linguística en la historia de la educación brasileña. Por lo tanto, en esta investigación se hace una breve retrospectiva del proceso que condujo a la hegemonización del portugués hablado en Brasil, se discute los métodos de represión a las personas migrantes del sur de Brasil y el processo de extinción de las lenguas de los pueblos indígenas, además de traer un enfoque sobre la variación linguística en relación al portugués hablado, así como escrito. La metodología aplicada al trabajo se basó en un estudio descriptivo, con una la revisión bibliográfica, que se respaldó en literaturas científicas y trabajos académicos referenciados, que tratan sobre la diversidad cultural y sociolinguística, con diferentes enfoques.

Palabras clave: Diversidad. Idioma. Portugués.

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Biografia do Autor

Wellington de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais.

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. 


Wéllia Pimentel Santos, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Especialista em Criminologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

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Publicado

2016-07-15

Como Citar

OLIVEIRA, Wellington de; SANTOS, Wéllia Pimentel.
Pluralidade Linguística na História da Educação Brasileira
. Revista Educação e Emancipação, p. p. 218–237, 15 Jul 2016 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/view/4986. Acesso em: 21 nov 2024.

Edição

Seção

Artigos