Análise de vídeos do YouTube sobre Drogas em articulação com Documentos Curriculares Oficiais
DOI:
https://doi.org/10.18764/2358-4319v18e24135Palavras-chave:
Audiovisual, Drogas, Documentos curricularesResumo
Autores defendem que o uso de drogas é intrínseco ao ser humano e afirmam que qualquer política de combate que se baseie na abstinência está fadada ao fracasso. Esse fato, juntamente com o estímulo de uma política não eficaz, culmina no surgimento da Redução de Danos (RD). As drogas passaram a ser uma preocupação escolar quando aumentaram seu alcance e os adolescentes passaram a sofrer com as consequências do uso. Há mais de 20 anos, documentos curriculares nacionais falam sobre o uso de drogas. Todavia, a literatura mostra que professores têm dificuldade de abordar a temática, tanto pela formação limitada quanto pela falta de recursos. Atualmente, ferramentas audiovisuais têm potencialidades no ensino, já que apresentam a linguagem imagética essencial à didática. Entretanto, elas não fazem o trabalho por si só: dependem de professores para escolher, planejar e definir formas de utilização. Neste artigo, temos como objetivo compreender as aproximações e os distanciamentos entre o que é veiculado sobre drogas nos vídeos do YouTube e o que nos dizem os documentos curriculares oficiais. Para isso, analisamos dois vídeos sobre drogas disponíveis no YouTube à luz das perspectivas sobre drogas encontradas nos documentos curriculares oficiais. A partir da análise, identificou-se que os vídeos apresentam abordagem mais próxima aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Temas Transversais, aproximando-se da RD, do que do documento curricular oficial mais atual – a Base Nacional Comum Curricular.
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