Movimento Popular Planta e Vida de Rio Verde e Escola

possibilidades e desafios das práticas pedagógicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2358-4319v16n1.2023.11

Palavras-chave:

movimentos sociais e populares, práticas pedagógicas, espaço de ensino aprendizagem

Resumo

Busca-se compreender o Movimento Popular Planta e Vida de Rio Verde – MOPORV e as possibilidades e desafios das práticas pedagógicas tecidas neste movimento. Participaram da pesquisa cinco docentes do sexo feminino, vinculadas a escolas públicas e privadas, tempo médio de docência de 25 anos e que desenvolveram no ano de 2019 atividades pedagógicas no MOPORV. Foram realizadas entrevistas individuais e a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os resultados das entrevistas foram organizados com base nos seguintes núcleos de sentidos: Núcleo 1 – Não é o MOPORV como movimento social, é o MOPORV dos remédios naturais; Núcleo 2 – O papel do MOPORV no processo ensino-aprendizagem; Núcleo 3 – Os movimentos sociais nas práticas pedagógicas e seus conflitos e seus desafios. Como resultado tem-se que as participantes conceberam o MOPORV em seu papel comercial e saber popular de plantas medicinais e naturais; as práticas pedagógicas realizadas centram-se nos aspectos biológicos relacionados às plantas, não observando o desenvolvimento de atividades transversais de diálogo histórico, social, político e ético. As participantes relataram desenvolver parcialmente a temática dos movimentos sociais e populares, uma vez que podem ser geradores de desgaste tanto entre colegas quanto com a direção acadêmica e pais de alunos. Conclui-se que há necessidade de que as escolas problematizem suas práticas estabelecendo o diálogo com a sociedade, que fomentem os processos de ensino e aprendizagem com consciência crítica e que sejam espaços de gestão democrática e compartilhada pautadas na possibilidade de conscientização e transformação social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Luiza Ferreira Rezende de Medeiros, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano

Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília (UNB). Docente efetiva no Instituto Federal Goiano. Vice coordenadora do GT Trabalho e Saúde – ANPEPP.

Edinalva Barbosa Queiroz, Secretaria Municipal de Educação de Rio Verde

Especialização em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Docente efetiva na Secretara Municipal  de Educação do Rio Verde.

Referências

ARROYO, M. G. Reinventar a política: reinventar o sistema de educação. Educação & Sociedade, n. 124, 2013.

BRAGA, G.E.S.; SANTOS, M.J.R.Mulheres Negras e Direitos Humanos: Educação Popular no giro do Esperançar. Revista Direito e Práxis [online]. 2021, v. 12, n. 4 [Acessado 20 Janeiro 2022] , pp. 2742-2757.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições70, 2010.

BRASIL, Lei 9.394 de 20 de dezembro 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Acessado em 24/01/2015.

CRUZ, J. A. Movimentos sociais e práticas educativas. Revista Inter Ação, Goiânia, v. 29, n. 2, p. 176–185, 2007. DOI: 10.5216/ia.v29i2.1412.

DELARI JR., A. Consciência e linguagem em Vigotski: aproximações ao debate sobre subjetividade. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Educação, Campinas, 2000.

FLEURI, R. M. A. Questão do conhecimento na Educação Popular. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2002.

FLICK, U. (2009). Uma introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia:Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FREIRE. Pedagogia do oprimido. 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

FUHRMANN, N.; PAULO, F.S. A formação de educadores na educação não formal pública. Educação & Sociedade [online]. 2014, v. 35, n. 127.

GOHN, M. G. M. Movimentos sociais e educação. São Paulo: Cortez, 1992.

GOHN, M. G. M. Lutas e Movimentos pela Educação no Brasil a partir de 1970. EccoS - Revista Científica. São Paulo. V. II, n. 1, p. 23 – 38, janeiro-junho, 2009.

GOHN, M. G. M. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. [online]. 2006, vol.14, n.50, pp. 27-38. ISSN 0104-4036.

GOHN, M. G. M. Movimentos sociais na contemporaneidade. In Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 47 maio-ago. 2011.

GOMES, T.P.S; VITORINO, D.C. Educação Formal e não formal. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2017.

LAGE, A. Educação e Movimentos Sociais: Caminhos para uma pedagogia de luta. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2013.

LIBÂNEO, J. C. (1998). Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez.

MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de metodologia científica. 7. Ed. – São Paulo:Atlas, 2010.

MELO,A.; D.M. Entre ações coletivas e subjetividade: o caráter educativo dos movimentos sociais Eccos - Revista Científica, Vol. 11, Núm. 1, enero-junio, 2009, pp. 141-156 Universidade Nove de Julho Brasil.

MELUCCI, A. A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Tradução de Maria do Carmo Alves do Bomfim. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

MENDES, A. M. (2007). Pesquisa em psicodinâmica do trabalho: a clínica do trabalho. In A. M. Mendes (Org.). Psicodinâmica do trabalho: teoria, método e pesquisas. (pp. 65-87). São Paulo: Casa do Psicólogo.

OLIVEIRA, F. Os protagonistas do drama: Estado e sociedade no Brasil. In: LARANJEI-RAS, S. (Org.). Classes e movimentos sociais na América Latina. São Paulo: Hucitec, 1990.

PALUDO, C. Educação Popular Como Resistência e Emancipação Humana. Cad. Cedes, Campinas- vol. 35,n.96, p.219-238, maio-ago., 2015.

SANTOS, J.O. Praticas de letramento e interação sócio-cultural: um olhar sobre a experiencia da Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente. Recife: Ed. Universidade da UFPE, 2010.

STRECK, D. R. Práticas educativas e movimentos sociais na América Latina: aprender nas fronteiras. Série-Estudos. Periódico do Mestrado em Educação da UCDB. Campo Grande: Universidade Católica Dom Bosco, p. 99-112, jul./dez. 2006.

VERCELLI, L. C. A. Estação Ciência: Espaço educativo institucional não formal de aprendizagem. In: IV Encontro de Pesquisa Discente, 2011. IV Encontro de Pesquisa Dis-cente, 2011.

VIEIRA, V. Analise de espaços não formais e sua contribuição para o ensino de Ciências. Tese de doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2005.

ZIBECHI, R. Territorios de las periferias urbanas latinoamericanas. Buenos Aires: Cooperativa de Trabajo Lavaca Ltd, 2008.

Downloads

Publicado

2023-05-06

Como Citar

MEDEIROS, Luiza Ferreira Rezende de; QUEIROZ, Edinalva Barbosa.
Movimento Popular Planta e Vida de Rio Verde e Escola: possibilidades e desafios das práticas pedagógicas
. Revista Educação e Emancipação, v. 16, n. 1, p. 272–291, 6 Mai 2023 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/view/19828. Acesso em: 24 nov 2024.

Edição

Seção

Artigos