OS FALARES DE SÃO LUÍS (MA) E BELÉM (PA): UMA ANÁLISE PERCEPTUAL
Palabras clave:
Análise perceptual, Variedade ludovicense, Variedade belenense, AMPER-POR.Resumen
Este artigo apresenta resultados de um estudo perceptual sobre a variação prosódica dialetal do português brasileiro (PB) falado em São Luís e Belém. Mais especificamente, o objeto de estudo centra-se na variação da entoação modal de sentenças declarativas neutras e interrogativas totais das variedades ludovicense e belenense, com base nos dados AMPER-POR. Os testes trataram sobre a identificação de modalidades entoacionais e reconhecimento de variedades dialetais. Ao todo foram 29.376 dados analisados (48 juízes x 3 testes x 102 estímulos tonais x 2 variedades). O tratamento estatístico constou da aplicação dos testes de qui-quadrado, regressão logística e stepwise, a fim de comparar as performances de cada sujeito, atestando se as diferenças existentes entre os resultados foram significativas ou não para a construção do modelo estatístico. Os resultados comprovaram que, no teste 1, a modalidade declarativa neutra foi melhor percebida que a modalidade interrogativa total, tanto pelos juízes ludovicenses quanto pelos belenenses, no teste 2, os juízes de São Luís e Belém apresentaram comportamento similar, pois a variável procedência do juiz não foi significativa para a identificação da variedade ludovicense e, no teste 3, atestou-se similaridade, quanto à atuação das variáveis analisadas na identificação das variedades de São Luís e Belém, uma vez que os juízes apresentaram comportamentos idênticos na identificação dessas variedades. Os testes perceptuais atribuíram condições favoráveis para a distinção das modalidades declarativa neutra e interrogativa total e atestaram semelhanças entre as variedades de São Luís e Belém.Descargas
Citas
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