A Questão de Livros da Escola-Modelo Benedito Leite: cultura material escolar e poder disciplinar no Maranhão (1900-1911)
Palavras-chave:
Livro didático, Polêmica, Intelectuais, Relações de poder.Resumo
Este trabalho de natureza histórica objetiva analisar as relações de poder – sob a perspectiva foucaultiana – no espaço escolar público primário da capital maranhense, na primeira década do século XX. Nessa análise, o objeto de estudo foi polêmica sobre os livros da Escola Modelo Benedito Leite, principalmente, a cartilha Escripta rudimentar (1908), envolvendo Barbosa de Godóis, autor da cartilha e diretor das escolas Normal e Modelo, e Antônio Lobo, inspetor da
Instrução pública, em 1911. A rejeição da cartilha, para a iniciação à leitura dos alunos do 1º ano da Escola Modelo, pela Inspetoria da Instrução pública, fez emergir intenso debate a respeito da aplicação dos métodos intuitivo e analítico. Como pano de fundo para a polêmica, evidencia-se a disputa por poder – entendido como discurso verdadeiro – no campo pedagógico, travada entre Lobo e Godóis por meio de seus discursos materializados no jornal Diário do
Maranhão. Este trabalho está inserido no campo da cultura material escolar e a metodologia utilizada pautou-se no paradigma indiciário de Ginzburg (1989), onde, por meio da análise das fontes, buscouse os indícios da utilização de tecnologias de poder empregadas nas relações dentro do campo escolar. Para esta análise foram utilizados, regulamentos, leis, decretos,artigos de jornais e obras publicadas pelos envolvidos na polêmica. Constatou-se que a escola é um espaço de relações de poder, onde o poder disciplinar por meio da vigilância hierárquica, controle da atividade e do tempo foram os principais dispositivos de poder utilizados, tendo em vista o projeto civilizador da nação.
Palavras-chave: Livro didático. Polêmica. Intelectuais. Relações de poder.
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