Educação Profissional e Inclusão de Alunos com Deficiência: um Estudo no Colégio Universitário/UFMA
Palavras-chave:
Educação profissional, Aluno com deficiência, Inclusão.Resumo
Estudo fundamentado na Teoria Crítica, sobretudo no pensamento de Theodor Adorno e Max Horkheimer. Objetivou-se: caracterizar as percepções dos alunos com deficiência e dos profissionais do Colégio Universitário sobre a educação profissional de alunos com deficiência; verificar os fatores sociais presentes na implementação da proposta de Educação Profissional para alunos com deficiência no Colégio Universitário e identificar as contribuições da educação do
Colégio Universitário para a formação profissional dos alunos com deficiência. Os sujeitos da pesquisa são três alunos com deficiência visual egressos dos cursos técnicos de Administração e Meio Ambiente e 11 profissionais que atuam com a educação profissional no Colégio Universitário/UFMA. Utilizou-se a entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados, além da análise do Regimento Interno
do Colégio Universitário, destacando as contradições e os aspectos relevantes que caracterizam a Educação Profissional na escola. De acordo com os resultados, 64% dos profissionais pesquisados admitiram que os primeiros contatos com alunos com deficiência são acompanhados por sentimentos de medo, temor e insegurança. Porém, 36% não mencionaram estranheza com as diferenças encontradas. O reconhecimento desses estranhamentos possibilita novas reflexões e conscientização em torno dos fatores sociais
facilitadores e/ou dificultadores da proposta inclusiva na escola. Os sujeitos pesquisados destacaram os seguintes fatores facilitadores: o cumprimento da legislação; a criação de novas políticas públicas; o envolvimento dos gestores e demais profissionais da escola; a busca dos docentes por novos conhecimentos; a aquisição de recursos e equipamentos específicos, entre outros. Os fatores dificultadores apontados foram, principalmente: a falta de maior empenho na condução das políticas públicas; a formação docente inadequada; a ausência de conhecimento e despreparo das empresas; os problemas de acessibilidade nos transportes e no entorno escolar; o processo seletivo excludente. Evidenciou-se, nos relatos dos sujeitos, que a educação é um fator essencial no processo de mudanças, contribuindo para um maior direcionamento na escolha profissional, ingresso no ensino superior, inserção no mundo do trabalho e elevação da autoestima dos alunos. Conclui-se que a inclusão na educação profissional está para além da aplicação de técnicas e recursos adaptados; trata-se de um processo histórico permeado por contradições e desafios constantes, a serem enfrentados a partir de uma visão crítica sobre a realidade educacional, em prol da humanização de todos os alunos.
Palavras-chave: Educação profissional. Aluno com deficiência.
Inclusão.
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