Do “balde” ao direito à creche: lutas de mães operárias

Autores

  • Marta Regina Paulo da Silva Universidade Municipal de São Caetano do Sul/SP. Universidade Metodista de São Paulo
  • Reny Scifoni Schifino Centro Universitário Fundação Santo André – CUFSA

DOI:

https://doi.org/10.18764/2358-4319.v10n4especialp166-185

Palavras-chave:

Luta por creches. Mães operárias. Direito à educação

Resumo

O presente trabalho intenta compartilhar os resultados de uma pesquisa de mestrado realizada na Faculdade de Educação da UNICAMP/SP, que teve como objetivo investigar a luta de mulheres operárias pela educação de seus filhos e filhas em creches, a fim de verificar se o usufruto desse direito se reflete na garantia da qualidade da educação infantil. Para tanto, foram entrevistadas doze mães operárias, em uma creche municipal de Santo André/SP. Teve como principais interlocutoras: Fúlvia Rosemberg, Ana Lúcia Goulart de Faria, Maria Amélia de Souza Teles e Elisabeth Souza-Lobo, militantes do campo da infância e/ou do feminismo. Como resultados, foi constatado que o direito à creche é aspecto imprescindível ao processo de emancipação das mulheres, sendo instrumento de luta e de empoderamento. Revelou-se também que as mães operárias ensejam não apenas um local de guarda e assistência para suas crianças, mas, sobretudo, uma educação pública de qualidade, em espaços coletivos e com profissionais qualificados/as para educar crianças pequenas, sendo esta uma educação complementar à educação ofertada pela família. Evidenciou-se, ainda, uma articulação entre o trabalho feminino e a presença de instituições de apoio, como o são as creches e as pré-escolas.

Palavras-chave: Luta por creches. Mães operárias. Direito à educação.

 

From the “bucket” to the right to day care: struggles of working mothers

ABSTRACT

The present study tries to share the results of a master’s research written at Faculdade de Educação of UNICAMP/SP, which objective was to investigate the struggle of working women for the education of their sons and daughters in day care center in order to verify if the usufruct of this reflected in the quality assurance of early childhood education. Twelve working mothers were interviewed in a municipal day care center in Santo André/SP. It had as main interlocutors Fúlvia Rosemberg, Ana Lúcia Goulart de Faria, Maria Amélia de Souza Teles and Elisabeth Souza- Lobo, militants of the field of childhood and / or feminism. As results, it was verified that the right to day care is an essential aspect of the process of emancipation of women, and is an instrument of struggle and of empowerment. It has also been revealed that working mothers want not only a place of care and assistance for their children but, above all, a public education with quality, in collective spaces and with qualified professionals to educate young children, this being a complementary education to the education offered by the family. It was evidenced also an articulation between the female work and the presence of support institutions such as day care center and pre- schools.

Keywords: Strauggle for day care. Working mothers. Right to education.

 

Del “balde” al derecho a la guardería: luchas de madres obreras

RESUMEN

El presente trabajo intenta compartir los resultados de una investigación de maestría realizada en la Facultad de Educación de la UNICAMP/ SP, cuyo objetivo es investigar la lucha de las mujeres obreras por la educación de sus hijos e hijas en guarderías, a fi n de verificar si el usufructo se refleja en la garantía de la calidad de la educación infantil. Para ello, se entrevistaron doce madres obreras, en una guardería municipal de Santo André/SP. Las principales interlocutoras fueron Fúlvia Rosemberg, Ana Lúcia Goulart de Faria, Maria Amélia de Souza Teles y Elisabeth Souza-Lobo, militantes del campo de la infancia y/ o del feminismo. Como resultados, se constató que el derecho a la guardería es un aspecto imprescindible al proceso de emancipación de las mujeres, siendo instrumento de lucha y de empoderamiento. Se ha revelado también que las madres obreras no sólo anhelan un lugar de guardia y asistencia para sus hijos, sino, sobre todo, una educación pública de cualidad, en espacios colectivos y con profesionales calificados para educar a niños pequeños, siendo una educación complementaria a la educación ofrecida en la familia. Se evidenció, también, una articulación entre el trabajo femenino y la presencia de instituciones de apoyo como lo son las guarderías y las preescolares.

Palabras clave: Lucha por guarderías. Madres obreras. Derecho a la educación.

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Biografia do Autor

Marta Regina Paulo da Silva, Universidade Municipal de São Caetano do Sul/SP. Universidade Metodista de São Paulo

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Docente pesquisadora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul/SP e da Universidade Metodista de São Paulo 

Reny Scifoni Schifino, Centro Universitário Fundação Santo André – CUFSA

Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Professora da Educação Infantil da rede pública municipal de Santo André. Pedagoga pelo Centro Universitário Fundação Santo André – CUFSA . 

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Publicado

2018-01-12

Como Citar

SILVA, M. R. P. da; SCHIFINO, R. S. Do “balde” ao direito à creche: lutas de mães operárias. Revista Educação e Emancipação, [S. l.], v. 10, n. 4, p. p.166–185, 2018. DOI: 10.18764/2358-4319.v10n4especialp166-185. Disponível em: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/view/8206. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos