A educação depois da pandemia
ideologia neoliberal, formação para mercado precarizado e desigualdade social
DOI:
https://doi.org/10.18764/2358-4319v16n1.2023.3Palavras-chave:
ensino híbrido, educação neoliberal, pandemiaResumo
Este artigo parte do sentido etimológico de crise sugerido por Marilena Chaui para ressaltar o momento de decisão no campo da educação causa pela pandemia, principalmente a partir da larga adoção do método de ensino híbrido. Conforme o referencial teórico, é defendida a tese de que esse método se alinha ao neoliberalismo, adequando a formação dos alunos à ideologia do mercado e das grandes empresas de tecnologia. Embora os idealizadores do ensino híbrido apresentem críticas pertinentes ao modelo hegemônico de educação, alinhando-se inclusive às concepções de Paulo Freire, a sua proposta contribui para aumentar a desigualdade social uma vez que desconsidera as condições de estudos dos alunos. O objetivo do artigo é explicitar as concepções e as teorias que fundamentam o ensino híbrido para provocar a reflexão sobre as possíveis consequências que ele traz para a sociedade e como ele nega a educação como um direito social.
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