Encruzilhadas, Trincheiras e Assentamentos: a noção de Quilombismo na produção das Geografias Negras

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18764/2675-0805v6.2024.1

Palabras clave:

quilombismo, encruzilhada, trinchera y asentamiento

Resumen

Encrucijadas, Trincheras y Asentamientos: La noción de Quilombismo en la Producción de las Geografías Negras

Este texto tiene como objetivo teorizar la noción de quilombismo como herramienta ideológica fundamental para la organización de las geografías negras, no sólo como territorio físico, sino psíquico, transatlántico y ancestral. El quilombismo se analiza, desde la perspectiva de Beatriz Nascimento, como una visión femenina negra del territorio cuyas metodologías de acción repercuten en la lucha de las comunidades periféricas, los movimientos sociales negros y el feminismo negro. De esta forma, analizo el quilombismo como una herramienta de lucha diaspórica, atemporal y psíquica basada en tres disparadores organizativos: la encrucijada, la trinchera y el asentamiento. Así, si el quilombo es la cabeza de la diáspora, el Orí (cabeza en yoruba), el quilombismo es Ayé (tierra en yoruba) en contacto con el Orún (espacio espiritual en yoruba). En este artículo, mostraré que las encrucijadas, trincheras y asentamientos son espacios conocidos por las poblaciones negras, y es a partir de este conocimiento –a través de la mirada de la cosmología negra– que analizo la trascendencia del cuerpo, la fuerza ancestral, la memoria y lo sagrado.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ANDREWS, G. R. Negros e Brancos em São Paulo (18881998). Baurú, SP: EDUCS, (1998).

BENTO, C. O Pacto da Branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BERRY, D. R. The price for their pound of the flesh: the value of the enslaved, from womb to grave in the building of the Nation. Boston: Beacon Press, 2017.

BROWNE, S. Dark Matter: On the Surveillance of Blackness. Durham: Duke University Press, 2015.

CAMPT, T. M. Listening to Images. Duke University Press, 2017.

CRENSHAW, K. A Intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. Ação Educativa, 2004.

CRENSHAW, K. W. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review. v. 43, n. 6, jul. 1991.

CUSICANQUI, S. R. Ch’ixinakax utxiwa: una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. 1a ed. Buenos Aires: Tinta Limón, 2010.

Evaristo, C. Becos da Memória. 3 ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2017. Farias, J. B. Os temores e seus sons. São Paulo: Alameda, 2006.

Fraga Filho, W. Encruzilhadas da liberdade. História de escravos e libertos na Bahia (18701910). Campinas: UNICAMP, 2006.

Gerber, R. (Diretor). Orí [Filme Cinematográfico], 1989.

Gilroy, P. The Black Atlantic. New York: Verso London, 2003. Gonçalves, A. M. Um defeito de cor. Rio de Janeiro: Record, 2006.

Gonzalez, L. Por um Feminismo AfroLatinoAmericano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

Hartman, S. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

hooks, b. Olhares negros: raça e representação. Tradução de S. Borges. São Paulo: Elefante, 2019.

Jesus, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10 ed. São Paulo: Atica, 2014.

Kilomba, G. (2019). Memories of the Plantation: episodes of daily racism. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

King, T. L. The Black Shoals: offshore formations of Black and Native studies. Duke University Press, 2019.

Leu, L. Defiant Geographies: race and urban space in 1920 Rio de Janeiro. University of Pittsburgh Press, 2020.

Leu, L. Settlement: Black Visual Culture in 21st Century Brazil, manuscript in progress. Chapter 1: Settlement: Consecrating the Ground. Austin: University of Texas, 2023.

Lissovsky, M. O Sumiço da senzala: tropos da raça na fotografia brasileira. In: Devires: cinema e humanidades. Universidade Federal de Minas. Belo Horizonte: Semestral, 2016. p. 3466.

Mbembe, A. Necropolítica: biopoder, estado de exceção, política da morte. São Paulo: N1, 2018.

Mckittrick, K. Demonic Grounds: black women and the cartographies of struggle. University of Minnesota Press, 2006.

Nascimento, A. O genocídio do Negro Brasileiro: o processo de um racismo mascarado. Perspectiva, 2011.

Nascimento, A. Quilombismo: documentos de uma militância Panafricanista. Perspectiva, 2020.

Oliveira, R. J. Cidades Negras no Brasil: territórios e cidadanias. Revista ABPN, p. 287314, set./nov. 2020.

Perry, K. K. Y. Black Women Against the Land Grab: The Fight for Racial Justice in Brazil. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2013.

Quijano, A. La Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: Cuestiones y horizontes: de la dependencia históricoestructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014. p. 777832

Ratts, A. Eu Sou Atlântica: a trajetória de vida de Beatriz do Nascimento. São Paulo: IMESP, 2007.

Ratts, A. Beatriz Nascimento: uma história feita por mãos negras. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

Ribeiro, D. Lugar de Fala. Feminismos Plurais. Belo Horizonte: Editora Letramento, 2017.

Santana, T. Tradução, Interações e Cosmologias. Cad. Trad., Florianópolis, v. 39, p. 6577, set./dez. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.5007/21757968.2019v39nespp65. Acesso em: 23 jan. 2024.

Schwarz, R. A carroça, o bonde e o poeta modernista. In: A Vanguarda Literária no Brasil, 1992. p. 1128.

Sharpe, C. In the Wake: on blackness and being. Duke University Press, 2016.

Silva, D. F. Ninguém: direito, racialidade e violência. Meritum. Belo Horizonte. v. 9, n. 1, p. 67117, jan./jun. 2014.

Smith, C. Towards a Black Feminist Model of Black Atlantic Liberation: Remembering Beatriz Nascimento. Meridians, p. 7187, 2016.

Smith, C. A. Facing the dragon: black mothering, sequelae, and gendered necropolitics in the Americans. Transforming Anthropology, v. 24, n. 1, p. 3148, 2016.

Spillers, H. J. O bebê da mamãe, talvez do papai: uma gramática estadunidense. In: Pensamento Negro Radical: antologias de ensaios. São Paulo: n1 Edições, 2021, p. 2969.

Tristan, J. M. Descolonizando. Diálogo con Yuderkys Espinosa Miñoso y Nelson MaldonadoTorres. In: Iberoamérica Social: revistared de estudios sociales VI. Consejo Editorial Iberoamérica Social, 2016, p. 826.

Trouillot, M.R. Global Transformation: anthropology the modern world. New York: Palgrave, 2003.

Werneck, J. Of Ialodês and Feminist. Reflections on Black Women’s Political Action in Latin America and the Caribbean. Cultural Dynamics, 2007, p. 99113.

Winter, S. Nenhum Humano Envolvido: carta aberta a colegas. In: Pensamento Negro Radical: antologias de ensaios. São Paulo: n1 edições, 2021. p. 71100.

Publicado

2024-09-24

Cómo citar

BRAZ, Denise.
Encruzilhadas, Trincheiras e Assentamentos: a noção de Quilombismo na produção das Geografias Negras
. Revista Humanidades & Educação, v. 6, p. e–062401, 24 sep. 2024 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/humanidadeseeducacao/article/view/23551. Acesso em: 22 dic. 2024.

Número

Sección

Artigos