O TEMPO CRISTÃO E O ATRASO DOS POVOS: OS ÍNDIOS NAS LETRAS COLONIAIS BRASILEIRAS

Autores

  • Gustavo Pinho Nagel

Resumo

Até o advento do cristianismo, os mais diversos povos viam o tempo como circular. O universo tinha os seus ciclos, como as estações e os astros, e vivia-se uma ciranda de eterno retorno. Uma das principais inovações jucaido-cristãs foi a compreensão linear do tempo, que agora tem um começo e um fim, irrepetíveis. Este trabalho tem a intenção de demonstrar o quanto essa mudança altera as relações entre os povos, a ponto de criar, no Ocidente cristão, a ideia de atraso cultural. Para isso, comparam-se as visões de Michel de Montaigne, homem imbuído da cultura clássica então recuperada pelo Renascimento, e Padre Antonio Vieira, uma das principais figuras do Contrarreformismo Ibérico, a respeito dos nativos do Novo Mundo, a fim de identificar o quanto elas são condicionadas pela adesão à ideia cristã de tempo.

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Publicado

2017-12-30

Como Citar

NAGEL, Gustavo Pinho.
O TEMPO CRISTÃO E O ATRASO DOS POVOS: OS ÍNDIOS NAS LETRAS COLONIAIS BRASILEIRAS
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, p. 101–118, 30 Dez 2017 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/afluente/article/view/8153. Acesso em: 24 dez 2024.

Edição

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Seção Livre