UMA CRÍTICA AOS PRESSUPOSTOS DO POPULISMO
Mots-clés :
Populismo, Francisco Weffort, Materialismo histórico, Sociologia contemporâneaRésumé
Neste artigo problematizamos os pressupostos teóricos do conceito de populismo tal como formulado pelo cientista político Francisco Weffort entre as décadas de 1960 e 1970. A despeito de uma considerável produção historiográfica ter evidenciado as impropriedades desse conceito para explicar a participação política da classe trabalhadora brasileira nos períodos 1930-1945/1946-1964, o
populismo persiste como categoria analítica nas questões relativas aos fenômenos políticos, atualmente. Nossa hipótese é de que esse conceito supõe, de modo equivocado, um modelo universal de desenvolvimento histórico, de modo que na observação histórica de uma sociedade específica, a
brasileira, as classes sociais são julgadas mais pelo que deveriam ter feito, segundo a experiência exemplar europeia, do que pelo que fizeram de fato, levando em conta, alternativamente, as possibilidades efetivas de ação das classes sociais, a compreensão de suas escolhas em seus próprios termos e o caráter relacional da luta de classes, tal como alguns autores da sociologia contemporânea nos permitem pensar.
Palavras-chave: Populismo; Francisco Weffort; Materialismo histórico; Sociologia contemporânea.
A CRITICISM TO THE ASSUMPTIONS OF POPULISM
Abstrac
In this article we discuss the theoretical assumptions of populism such as formulated by the political scientist Francisco Weffort during the 1960’s and the 1970’s. Currently, the category is still applied to discuss the political phenomena, even though a broad historiographical production emphasized the inadequacy of such concept to explain the political participation of Brazilian labor class in politics between the years of 1930-1945 and 1946-1964. Our hypothesis is that such notion mistakenly assumes a universal model of historical development. According to that, in the historical analysis of a specific society as the Brazilian, social classes are judged by the actions they should have taken, in comparison to the experience of European model, instead of being evaluated by what they
have actually done. Alternatively, authors of contemporary sociology propose that we consider the real possibilities of action of social classes, the comprehension of their choices in their own terms and the relational nature of class struggle.
Keywords: Populism; Francisco Weffort; Historical materialism; Contemporary sociology.
UNA CRÍTICA A LOS SUPUESTOS DEL POPULISMO
Resumen
En este artículo problematizamos los supuestos teóricos del concepto de populismo formulado por el politólogo Francisco Weffort entre los años 1960 y 1970. A pesar de la considerable producción historiográfica que muestra las insuficiencias de este concepto para explicar la participación política de la clase obrera brasileña en los períodos 1930-1945 / 1946-1964, el populismo persiste como categoría analítica en temas relacionados con los fenómenos políticos,
actuales. Nuestra hipótesis es que este concepto asume erróneamente un modelo universal de desarrollo histórico; de modo que, en la observación histórica de una sociedad específica, la brasileña, las clases sociales son juzgadas más por lo que debieron haber hecho, según la experiencia ejemplar de los europeos, que por lo que realmente hicieron, teniendo en cuenta, alternativamente, las posibilidades efectivas de acción de las clases sociales, la comprensión de sus elecciones en sus propios términos y el carácter relacional de la lucha de clases, como algunos autores de la sociología contemporánea nos permiten pensar.
Palabras clave: Populismo; Francisco Weffort; Materialismo histórico; Sociología contemporánea.
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