Bacellar e Beça: um exercício de tradução de haikai

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2525-3441v9n25.2024.04

Palavras-chave:

haicai, Amazônia, tradução, sinestesia

Resumo

O haicai como gênero poético é difundido em muitos lugares do mundo. No Brasil, onde há a maior população de descendentes de japoneses além do próprio Japão, o haikai foi assimilado de duas maneiras: por meio de poetas brasileiros escrevendo em português e poetas imigrantes escrevendo em japonês. O haikai em português foi assimilado e adaptado, combinando-o com o vocabulário local relacionado à natureza igualmente específica de cada região. No Amazonas, dois dos maiores expoentes do haikai são os poetas Luiz Bacellar e Aníbal Beça. Este artigo apresenta brevemente alguns de seus poemas encontrados nos livros "Satori", de Bacellar, e "Folhas da Selva", de Beça. Como nicho a ser explorado, selecionamos alguns que utilizam recursos sinestésicos, a fim de traduzi-los e, nesse exercício, refletir sobre as escolhas tradutórias.

 

 

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Biografia do Autor

Michele Eduarda Brasil de Sá, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, Doutora em Letras, graduação em Letras com habilitações de português, latim, japonês e literaturas (UFRJ). Dedica-se à pesquisa sobre processos de imigração sob o viés dos estudos de defesa e sobre o conceito de agentes de mitigação em contextos de conflito.

Cacio José Ferreira, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Professor Adjunto da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e doutor em Literatura (UnB). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Amazonas (2023), graduação em Língua e Literatura Portuguesa e Japonesa pela Universidade de Brasília (2005), Especialização em Linguística Aplicada (2008), Mestrado em Literatura - UnB (2010). Participou do Programa Japanese Language for Specialists, da Fundação Japão, em Osaka Japão (2014 -2015) e presidiu a Associação Brasileira de Estudos Japoneses - ABEJ (2014 - 2016). Foi do Coordenador de Letras - Língua e Literatura Japonesa UFAM (2015-2016), Diretor da Faculdade de Letras - FLet/UFAM (2020-2021), Vice-coordenador do curso de Letras Língua e Literatura Japonesa (2021-2023), coordenador pedagógico geral na Ufam da Rede ANDIFES IsF e Vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Japoneses - ABEJ (2022 - 2024). Atualmente, é Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFAM, coordenador do curso de Letras Língua e Literatura Portuguesa do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica PARFOR e primeiro secretário da Associação Brasileira de Estudos Comparados - Abralic (2032 - 2025). É líder do grupo de pesquisa CNPq Estudos de haicai: lirismo, haicaístas e campo literário. Atua principalmente nas seguintes linhas: Estudos de haicai, literatura comparada, literatura japonesa, literatura brasileira, fenomenologia, tradução, representação literária, fábulas.

Referências

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Publicado

2024-08-08

Como Citar

SÁ, Michele Eduarda Brasil de; FERREIRA, Cacio José.
Bacellar e Beça: um exercício de tradução de haikai
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 9, n. 25, p. 01–11, 8 Ago 2024 Disponível em: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/afluente/article/view/24146. Acesso em: 23 nov 2024.

Edição

Seção

Literatura, interfaces e relações transestéticas