Águas profundas: partilhas entre as literaturas da Guiana Francesa, do Suriname e do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18764/2525-3441v9n25.2024.06Palabras clave:
Literatura guianense, Literatura surinamesa, Literatura amapaense, Poética da Relação, Feminismo decolonialResumen
Este artigo tem por objetivo tecer uma reflexão a respeito das similaridades na produção literária contemporânea do extremo norte da América do Sul, mais especificamente, da Guiana Francesa, do Suriname e do Estado do Amapá, no Brasil. Parte-se da compreensão de que a permanência da imagem dos navios tumbeiros nas obras de literatura revela a conexão entre a região, suas semelhanças históricas, culturais e literárias independentemente da consciência dos autores sobre essa questão ou do desejo de promover um diálogo transnacional ou transfronteiriço. Para ilustrar essa discussão, serão analisados textos de três escritoras, a saber o conto “Bois d’ébène: des racines de l’oubli à la résistence éternelle” (2010) da guianense Marie-Goerge Thebia, o romance histórico Tutuba: the girl from the slaveship Leusden (2013), da surinamesa Cynthia McLeod e os poemas “África amiga” (2021) e “A saga dos negros” (2018) da poeta amapaense Negra Áurea. A poética da Relação, conforme formulada por Glissant (2021), e o feminismo decolonial de Vergès (2020) servirão de base teórica para a problematização proposta.
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