Rousseau: a generalização do interesse e da vontade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2966-1196v1n2.2024.26

Palavras-chave:

Rousseau, Generalização, Vontade, Interesse

Resumo

A temática desenvolvida neste artigo versa sobre a generalização da vontade e do interesse, mostrando a importância da base antropológica para a formação do interesse bem compreendido do cidadão. A análise da discussão entre Rousseau e Diderot no Manuscrito de Genebra foi o ponto de partida das reflexões aqui apresentadas, levando à percepção de que Rousseau vincula a capacidade de generalizar ideias com a capacidade do indivíduo de separar-se de si mesmo. Condição sem a qual este não seria capaz de “considerar a espécie” e assumir os deveres que o engajamento exige. Significa dizer que “separação de si” implica uma aprendizagem, uma educação para tal condição. Isso é precisamente o que o “homme indépendent” não pode realizar de imediato, seria necessário fazê-lo ver de que maneira o seu interesse pessoal exigiria que ele se submetesse à vontade geral.

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Biografia do Autor

Marisa Alves Vento, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

Doutora em Filosofia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas (2013) Docente EBTT, dedicação exclusiva no Instituto Federal de Goiás. Membro do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa Jean-Jacques Rousseau (Unicamp); integra o Núcleo de Estudos e Pesquisas do IFG (NUPEFIL).

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Publicado

2024-12-14

Edição

Seção

Artigos - Século XVIII