Formação versus instrução no Emílio de Rousseau

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2966-1196v1n2.2024.25

Palavras-chave:

Formação, Instrução, Trabalho, Rousseau

Resumo

Na segunda fase da educação da natureza delineada por Rousseau em Emílio ou da Educação, o adolescente entra na etapa de aprendizado de um ofício, onde o filósofo direciona seu aprendiz a aprimorar os sentidos em detrimento da razão. Partindo desse pressuposto, o objetivo deste artigo é caracterizar a diferença entre formação e instrução, fazendo um recorte do que é estabelecido no livro III, da obra pedagógica de Jean-Jacques Rousseau, Emílio ou da Educação, quando o filósofo irá discorrer sobre a importância do trabalho na vida do indivíduo. Para isso, a metodologia empregada será de cunho bibliográfico, com análise interpretativa do texto basilar e de comentaristas que discorram sobre a temática. Sendo o trabalho um dos principais itens de sobrevivência na vida do ser humano, ao educar uma criança desde sua infância à idade adulta, é mister que chegará o momento de tratar sobre o assunto no desenvolvimento humano e cognitivo do jovem aprendiz. A forma como Rousseau pensa-o para a vida do jovem divergiria de alguns parâmetros educacionais difundidos entre as escolas na Modernidade. Dessa forma, pretende-se contribuir com novas abordagens sobre um tema sempre atual, o trabalho e como, em Rousseau, ele assume um viés que está inserido nos parâmetros da educação negativa.

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Biografia do Autor

Maria do Socorro Gonçalves da Costa, Universidade Federal do Maranhão

Doutora em filosofia pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, Mestra em Cultura e Sociedade pelo Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade – PGCult/UFMA.

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Publicado

2024-12-14

Edição

Seção

Artigos - Século XVIII