Origem teológica e uso colonial da crítica iluminista da superstição
DOI:
https://doi.org/10.18764/2966-1196v1n2.2024.31Palavras-chave:
Superstição, Teologia, Iluminismo, ColonizaçãoResumo
O artigo se propõe a mostrar que o conceito iluminista de superstição, que a apresenta com base nas categorias da ignorância e do medo, é uma retomada, em outras condições históricas, da discussão teológica tardo-antiga sobre esse fenômeno. Objeto de reflexão crítica em pensadores romanos como Cícero, Varrão e Sêneca, esse conceito é transposto por Ireneu de Lyon e, principalmente, Agostinho de Hipona para o interior da teologia católica com base numa nova posição ontológica, orientada pelo platonismo. A hipótese do artigo é que, na crítica iluminista, que em seus traços mais gerais permanece no mesmo terreno inaugurado por Ireneu e Agostinho, se trata de identificar a superstição à barbárie, dadas as então condições de colonização do mundo extra-europeu pela Europa.
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