A diversidade de cultos em Rousseau: provocações para uma etnografia da religião

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2966-1196v1n1.2024.18

Palavras-chave:

Rousseau, Diversidade de cultos, Antropologia, Religião, Tolerância

Resumo

O presente artigo busca investigar o argumento de Rousseau acerca da diversidade de cultos no texto da Profissão de fé do vigário saboiano, onde trabalhamos com a hipótese de que o autor estaria a instigar uma abordagem etnográfica acerca das religiões, ao questionar a possibilidade de determinar uma única religião verdadeira frente à diversidade de cultos, ao conjecturar que pensadores deveriam sair de seus gabinetes e observar diretamente os povos ao seu redor, como se só assim fosse possível alcançar uma verdadeira tolerância cultural e religiosa, superando os preconceitos e aproximando-se da essência das diferentes crenças. Por meio da análise bibliográfica, nosso objetivo é discutir as propriedades epistêmicas das provocações do autor, iniciando pela desconstrução do argumento etnocêntrico que é sustentado nos relatos de viagens, na desconfiança de Rousseau em relação às escrituras sagradas, além do papel carregado pela religião natural, esta, que revela uma tensão entre a consciência e a razão, essencial para que chegássemos a uma suposta condição de tolerância.

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Biografia do Autor

Breno Bertoldo Dalla Zen, Universidade de Caxias do Sul - UCS

Mestre em Filosofia pela Universidade de Caxias do Sul. Membro do GEPI Rousseau UFMA/FAPEMA/CNPq.

Luciano da Silva Façanha, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Lider do Gepi Rousseau UFMA/FAPEMA/CNPq.

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Publicado

2024-06-14

Edição

Seção

Artigos - Século XVIII

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