Uma linguística iluminista: comentários acerca do “Ensaio sobre a origem das línguas”, de Rousseau

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2966-1196v1n1.2024.16%20

Palavras-chave:

Linguística, Iluminismo, Rousseau

Resumo

Com o objetivo de delinear um conjunto consistente de comentários acerca do Ensaio sobre a origem das línguas (Rousseau, 2008), em um tom revisionista-analítico, deslinda-se a possibilidade de contribuir à história das ideias linguísticas, por meio do alcance do alvo deste artigo. Portanto, ao mirar um destino, crê-se, para ir ao seu encontro, palmilhar um outro, por consequência, o que não é feito sem o necessário tracejo apreciativo. Assim, para cumprir o designo traçado para este texto, tem-se uma seção, Ideias linguísticas de Rousseau: um panorama crítico, na qual as concepções cardeais sobre linguagem e língua do filósofo iluminista são expostas e problematizadas segundo perspectivas mais atuais das ciências da linguagem. Por fim, é nas Considerações finais que se verificam as possíveis contribuições acerca do trajeto percorrido e eventuais novas aberturas a outras investigações sobre o mesmo assunto que podem ser sintetizadas, para além do horizonte traçado e alcançado aqui, na constatação de que se tem aqui um pequeno e condensado estudo de ideias históricas acerca de uma multiplicidade de temas relevantes para os iniciantes tanto no universo das ciências da linguagem quanto de áreas adjacentes no interior desta investigação. Em outras palavras, sugeremse novos exames em obras tanto do mesmo período quanto de momentos anteriores em busca de percepções distintas daquelas que atualmente configuram o grosso do senso comum, como muito bem fez em Ensaio sobre a origem das línguas de Jean-Jacques Rousseau.

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Biografia do Autor

Thiago Barbosa Soares, Universidade Federal do Tocantins - UFT/CNPq

Doutor em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professor no curso de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Pesquisador bolsista de produtividade do CNPq.

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Publicado

2024-06-14

Edição

Seção

Artigos - Século XVIII