A FEMINIZAÇÃO DA DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE IMPERATRIZ: uma discussão panorâmica

Autores/as

  • Jónata Ferreira de Moura Universidade Federal do Maranhão – UFMA/Universidade São Francisco – Itatiba/SP

DOI:

https://doi.org/10.18766/2446-6549/interespaco.v2n5p490-513

Palabras clave:

Educação Infantil, Relações de Gênero, Feminização da Docência em Imperatriz/MA, Infantile Education, Relationships of Gender, Feminization of the Teachingin in Imperatriz/MA, Educación Infantil, Relaciones del Género, Feminização de la Enseñanza

Resumen

RESUMO
Baseado no paradigma de que a Educação Infantil é o universo onde o trabalho com crianças de 0 a 5 anos de idade é exercido, em sua maioria por mulheres, o presente artigo investigou quais elementos favorecem a feminização da docência na educação infantil da rede pública de Imperatriz/MA. Realizamos uma pesquisa empírica analítica e utilizamos como instrumento de produção de dados um questionário estruturado distribuído para 417 docentes da educação infantil da rede. Os resultados desta pesquisa revelam que o corpo docente que compõe as escolas da educação infantil de Imperatriz é majoritariamente feminino. Fenômeno que foi se constituindo a partir de critérios que ainda são reforçados pelas próprias professoras da rede e também pelos pais e mães das crianças. Os professores homens causam um estranhamento; a escola e as professoras dizem aceitar, mas na prática há rejeição.

Palavras-chave: Educação Infantil; Relações de Gênero; Feminização da Docência em Imperatriz/MA.


FEMINIZAÇÃO OF THE TEACHING IN THE INFANTILE EDUCATION OF THE MUNICIPAL NET OF TEACHING OF IMPERATRIZ: a panoramic discussion

ABSTRACT
Based on the paradigm that the Infantile Education is the universe where the work with children from 0 to 5 years of age is exercised, in his/her majority for women, the present article investigated which elements favor the feminização of the teaching in the infantile education of Imperatriz/MA public net. We accomplished an analytical empiric research and we used as instrument of production of data a structured questionnaire distributed for 417 educational of the infantile education of the net. The results of this research reveal that the faculty that you/they compose the schools of Imperatriz infantile education is for the most part feminine Phenomenon that was if constituting starting from criteria that are still reinforced by the own teachers of the net and also for the parents and the children's mothers. The teachers men cause an inconvenience; the school and the teachers say to accept, but in practice there is rejection.

Keywords: Infantile Education; Relationships of Gender; Feminization of the Teachingin in Imperatriz/MA.

FEMINIZAÇÃO DE LA ENSEÑANZA EN LA EDUCACIÓN INFANTIL DE LA RED MUNICIPAL DE LA ENSEÑANZA DE EMPERATRIZ:
una discusión panorámica

RESUMEN
Basado sobre el paradigma de que el universo donde el trabajo con niños de 0 a 5 años de edad es exercised, en su mayoría por las mujeres, esto artículo investigó qué elementos favorece la preponderancia de las mujeres en la enseñanza en la educación infantil de la rede publica de Imperatriz/MA. Logramos una investigación empírica analítica y usamos como instrumento de la producción de los datos un cuestionario estructurado distribuyó por 417 maestros de la educación infantil de la red. Los resultados de esta investigación revelan eso el cuerpo docente que componen las escuelas de la educación infantil de Imperatriz es más en parte femenino. El fenómeno eso que fuera se constituyendo empezar de los criterios que, todavia son reforzados por las profesoras de la red y también por los padres y las madres de los niños. Los profesores hombres causan un incómodo; la escuela y las profesoras ordenan aceptar, pero en la práctica hay rechazo.

Palabra-clave: Educación Infantil; Relaciones del Género; Feminização de la Enseñanza en Imperatriz/MA.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Jónata Ferreira de Moura, Universidade Federal do Maranhão – UFMA/Universidade São Francisco – Itatiba/SP

Doutorando e Mestre em Educação pela Universidade São Francisco – Itatiba/SP. Licenciado em Matemática e Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA.Professor do Curso de Pedagogia da UFMA/Campus de Imperatriz.

Citas

ABREU, Jânio Jorge Vieira de. Educação e gênero: homens no magistério de Teresina (1960 a 2000). Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2003.

BARREIRO, Iraíde Marques de Freitas; GEBRAN, Raimunda Abou. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

CARDOSO, Frederico Assis. Homens fora de lugar? A identidade de professores homens na docência com crianças. In: ANPEd: 30 anos de pesquisa e compromisso social, 2007, Caxambu. Anais... Rio de Janeiro: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação/ANPED, 2007. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/30ra/trabalhos/GT23-3041--Int.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2012.

CHAMON, Magda. Trajetória da feminização do magistério: ambiguidades e conflitos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO. Pesquisa Retrato da Escola 3. A realidade sem retoques da Educação no Brasil. Brasília, v. 03, abr. 2003. Disponível em: <http://www.cnte.org.br/images/pdf/ pesquisa_retrato_da_escola_3.pdf >. Acesso em: 11 set. 2011.

DEIFELT, Wanda. O corpo e o cosmo. In: TIBURI, Marcia; MENEZES, Magali M. de; EGGERT, Edla. As mulheres e a filosofia. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2002. p. 255-270.

DINIZ, Margareth; VASCONCELOS, Renata Nunes; MIRANDA, Shirley Aparecida. O que produz o silenciamento das mulheres no magistério? In: DINIZ, Margareth; VASCONCELOS, Renata Nunes. Pluralidade cultural e inclusão na formação de professoras e professores: gênero, sexualidade, raça, educação especial, educação indígena, educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Formato, 2004. p. 22-46.

FÁVERO, Maria Helena. Psicologia do gênero: psicobiografia, sociocultura e transformações. Curitiba: UFPR, 2010.

FERREIRA, José Luiz. Homens ensinando crianças: continuidade-descontinuidade das relações de gênero na escola rural. 155 f. 2008. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. Disponível em: <http://www.ded.ufla.br/generoesexualidade-ei/imagens/homens_ensinando-criancas.pdf> Acesso em: 25 nov. 2012.

FERNANDES, Elisangêla. Ideias que jogam contra o ensino. Revista Nova Escola, São Paulo, n. 240, p. 36-38, mar. 2011.

FONSECA, Thomaz Spartacus Martins. Quem é o professor homem dos anos iniciais?. Discursos, representações e relações de gênero. 141 f. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora. Disponível em: <http://www.ufjf.br/ppge/files/2011/07/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Thomaz_ Spartacus.pd>. Acesso em: 10 out. 2012.

FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. São Paulo: Olho d’Água, 1997.

INEP/MEC. Estudo exploratório sobre o professor brasileiro com base nos resultados do Censo Escolar da Educação Básica 2007. Brasília: INEP/MEC, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/estudoprofessor.pdf.>. Acesso em: 10 dez. 2012.

LELIS, Isabel Alice O. M. Magistério primário: tempos e espaços de formação. In: CANDAU, Vera Maria. Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 126-159.

LOURO, Guacira L. Gênero e magistério: identidade, história, representações. In: CATANI, Denice Barbara et al. Docência, memória e gênero: estudos sobre formação. 4. ed. São Paulo: Escrituras, 2003. p. 77-84.

LOURO, Guacira L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.

NOVAES, Maria Eliana. Professora primária mestra ou tia. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1995.

NÓVOA, António. Para o estudo sócio-histórico da gênese e desenvolvimento da profissão docente. Teoria e Educação, São Paulo, n. 4, p. 109-139, 1991.

RABELO, Amanda Oliveira; MARTINS, António Maria. A mulher no magistério brasileiro: um histórico sobre a feminização do Magistério. In: CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE HISTORIA DA EDUCAÇÃO: percursos e desafios da pesquisa e do ensino de história da educação, 6., 2006, Uberlândia. Anais... Uberlândia: FACED/UFU, 2006. Disponível em: <http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/556AmandaO.Rabelo.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2013.

RABELO, Amanda Oliveira. A figura masculina na docência do ensino primário: um corpo estranho no quotidiano das escolas públicas primárias do Rio de Janeiro-Brasil e Aveiro-Portugal. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Aveiro, Aveio, 2008. Disponível em: <http://biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2009001219>. Acesso em: 30 jul. 2012.

RAMOS, Joaquim. As famílias e a presença de homens na docência de crianças pequenas. Revista Pátio, n. 30, p. 31-36, jan./mar. 2012.

RODRIGUES, Milton Müller. Gênero masculino e ensino fundamental: vivência e significação de professores. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998.

SANTOS, Elisângela Martins dos; ALLAIN, Luciana Resende. Ser professora: escolha, vocação ou falta de opção? Revista Extra-Classe, n. 2, v. 2, jul./dez. 2009, p. 106-127, Disponível em: <http://www.sinprominas.org.br/imagensDin/arquivos/758.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2013.

SAYÃO, Thomé Débora. Relações de gênero e trabalho docente na Educação Infantil: um estudo a partir de professores na creche. Tese (Doutorado em Educação) – Núcleo de Pesquisas da Educação de 0 a 6, Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. Disponível em: <http://www.ced.ufsc.br/~nee0a6/DEBORATSE.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011.

SOUZA, Érica Renata de. No coração da sala de aula: gênero e trabalho docente nas séries iniciais. Cadernos Pagu, Campinas, n. 17-18, p. 379-387, 2002.

VALLE, Ione Ribeiro. Da “identidade vocacional” à “identidade profissional”: a constituição de um corpo docente unificado. Perspectiva, Florianópolis, v. 20, n. especial, p. 209-230, jul./dez. 2002.

VIANNA, Cláudia Pereira. O sexo e o gênero da docência. Cadernos Pagu, Campinas, n. 17-18, p. 81-103, 2002.

VITELLI, Celso. Jovens universitários e discursos sobre masculinidades contemporâneas. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/13282/000642691.pdf?sequence=1>. Acesso em 12 maio 2012.

ZIBETTI, Marli Lúcia Tonatto. O que pensam professoras de educação infantil sobre a feminização da profissão docente?. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED. ANPED: 30 ANOS DE PESQUISA E COMPROMISSO SOCIAL, 30., 2007, Caxambu. Anais... Caxambu/MG: ANPED, 2007, p. 01-15. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/30ra/trabalhos/GT23-3041--Int.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2012.

Publicado

2016-08-26

Cómo citar

MOURA, Jónata Ferreira de.
A FEMINIZAÇÃO DA DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE IMPERATRIZ: uma discussão panorâmica
. InterEspaço: Revista de Geografia e Interdisciplinaridade, v. 2, n. 5, p. 490–513, 26 ago. 2016 Disponível em: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/interespaco/article/view/5296. Acesso em: 22 nov. 2024.

Número

Sección

Ciências Humanas, Educação e Interdisciplinaridade