MOVIMENTOS DE MULHERES TRABALHADORAS NO ESTADO DA PARAÍBA: gênero e autonomia

Autores/as

  • Emmy Lyra Duarte Universidade Federal da Paraíba – UFPB
  • María Franco García Universidade Federal da Paraíba – UFPB

DOI:

https://doi.org/10.18766/2446-6549/interespaco.v1n3p132-151

Palabras clave:

Mulher, Movimentos Sociais, Trabalho, Espaço Agrário, Woman, Social Movements, Work, Agrarian Space, Mujer, Los Movimientos Sociales, Trabajo, Espacio Agraria

Resumen

Compreendemos que as relações de gênero são produtos e processos sociais construídos pela naturalização de ideias, valores e papéis sociais desiguais para homens e para mulheres. Essa desigualdade, quase que universal, se sustenta na hierarquia social masculina. Surgem, da falta de equidade, concepções ou convenções sociais pré-definidas para as mulheres ahistóricas, como as tarefas delimitadas ao espaço privado. Levando em consideração essa inverdade histórica buscamos refletir as condições objetivas que, no espaço agrário da microrregião do Brejo paraibano, levaram a partir da década de 1970 a um grupo de mulheres se organizarem em espaços coletivos de discussão e luta, como os movimentos sociais rurais, com o triplo objetivo de: garantir o acesso à terra para aqueles que nela trabalham; garantir condições de trabalho dignas no campo e garantir o acesso à representação política das mulheres camponesas e canavieiras invisibilizadas em Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STRs) e movimentos sociais. Dessas demandas efetivas surgem dos movimentos significativos na região: o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Brejo (MMB) e o Movimento de Mulheres Trabalhadoras da Paraíba (MMT/PB).

Palavras-chave: Mulher; Movimentos Sociais; Trabalho; Espaço Agrário.

 

MOVEMENTS OF WORKING WOMEN IN PARAÍBA STATE: Gender and autonomy

ABSTRACT

We understand that gender relations are social products and processes built for the naturalization of ideas, values and unequal social roles for men and women. This inequality, almost universal, is based on male social hierarchy. Arise, this inequity, concepts or pre-defined social conventions for ahistorical women, as are the tasks defined private space. Considering this historical untruth seek to reflect the objective conditions that in the agrarian space of the micro-region of Paraiba Heath led from the 1970s to a group of women to organize themselves into collective spaces of discussion and struggle, as the rural social movements, with the triple objective: ensuring access to land for those who work in it; ensure decent working conditions in the field and; guarantee access to political representation of farmers and sugarcane women made invisible in the Rural Workers Trade Unions (STRs) and social movements. These effective demands arise from significant movements in the region: the Movement of Rural Women Workers of Heath (MMB) and the Movement of Working Women of Paraíba (MMT/PB).

Keywords: Woman; Social Movements; Work; Agrarian Space.

 

MOVIMIENTOS DE MUJERES TRABAJADORAS EM ESTADO PARAÍBA: Género y la autonomía

RESUMEN

Entendemos que las relaciones de género son productos sociales y procesos integrados para la naturalización de las ideas, los valores y roles sociales desiguales entre hombres y mujeres. Esta desigualdad, casi universal, se basa en la jerarquía social masculina. Levántate, esta inequidad, conceptos o las convenciones sociales predefinidos para las mujeres ahistóricas, como son las tareas definidas espacio privado. Teniendo en cuenta esta falsedad histórica intentan reflejar las condiciones objetivas que en el espacio agrario de la microrregión de Paraiba Heath LED de la década de 1970 a un grupo de mujeres a organizarse en espacios colectivos de discusión y de lucha, ya que los movimientos sociales rurales, con el triple objetivo: garantizar el acceso a la tierra para los que trabajan en ella; garantizar condiciones dignas de trabajo en el campo y; garantizar el acceso a la representación política de los agricultores y las mujeres de caña de azúcar hizo invisible en las Uniones de Trabajadores Rurales Comercio (ROS) y los movimientos sociales. Estas demandas efectivas surgen de movimientos significativos en la región: el Movimiento de Mujeres Trabajadoras Rurales de Heath (MMB) y el Movimiento de la Mujer Trabajadora de Paraíba (MMT/PB).

Palabras clave: Mujer; Los Movimientos Sociales; Trabajo; Espacio Agraria.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Emmy Lyra Duarte, Universidade Federal da Paraíba – UFPB

Mestra e Graduada em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Membro do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho – CEGeT/Seção Paraíba/UFPB.

María Franco García, Universidade Federal da Paraíba – UFPB

Doutora em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. Graduada em Geografia pela Universidad de Santiago de Compostela – USC/Espanha. Professora do Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba – DGEOC/UFPB. Coordenadora do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho – CEGeT/Seção Paraíba/UFPB e Membro do Grupo de Trabajo sobre Desarrollo Rural de la CLACSO.

Citas

CARDOSO, M. da C. M. Uma mão lava a outra: o trabalhador rural e suas lideranças no Brejo Paraibano. 1993. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Curso de Mestrado em Sociologia, Universidade Federal da Paraíba, Campus II, Campina Grande, 1993.

CARVALHAL, M. D. Trabalho, sindicatos e gestão territorial da sociedade. Revista Pegada, Presidente Prudente, v. 1, n. 1, set. 2000. Disponível em: <http://www4.fct.unesp.br/ceget/v1n1set2000.htm>. Acesso em: 24 out. 2008.

CARVALHAL, T. B. A inserção da mulher no sindicato: Uma leitura geográfica da questão de gênero. Perspectiva Geográfica, Unioeste, n. 1, p. 71-87, 2003.

FRANCO GARCÍA, M. Uma reflexão sobre gênero, trabalho e representação geográfica. CONGRESSO BRASILEIRO DE GEÓGRAFOS, 6., 2004, Goiânia. Anais... Goiânia: AGB, 2004 (CD-ROM).

FRANCO GARCÍA, M. A luta pela terra sob enfoque de gênero: os lugares da diferencia no Pontal do Paranapanema. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, Presidente Prudente, 2004. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2013.

FERREIRA, A. P. de S. Margarida, Margaridas: Memória de Margarida Maria Alves (1933-1983) através das práticas educativas das Margaridas. João Pessoa: EdUFPB, 2006. 135p.

FRANK, A; FUENTES, M. Dez teses acerca dos movimentos sociais. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 17, jun. 1989.

LUKÁCS, G. As bases ontológicas do pensamento e da atividade do homem. 1978. Disponível em: <http://www.moviments.net>. Acesso em: 10 set. 2013.

MITIDIERO JUNIOR, M. A. A ação territorial de uma igreja radical: teologia da libertação, luta pela terra e atuação da comissão pastoral da terra no Estado da Paraíba. 2008. 501 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

MOREIRA, E.; TARGINO, I. Capítulos de geografia agrária da Paraíba. João Pessoa: EdUFPB, 1997. 332p.

NOVAES, R. R. Três mulheres de luta: notas sobre campesinato e Reforma Agrária no Brasil. In: CHEVITARESE, A. L. (Org.). O campesinato na história. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.

OLIVEIRA, A. U. A agricultura camponesa no Brasil. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2001.

SILVA, V. L. de M. “Movimento de Mulheres ou Mulheres em Movimento”: o percurso das coordenadoras do movimento de Mulheres do Brejo paraibano. 1995. Dissertação (Mestrado em Sociologia Rural) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia Rural, Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande, 1995.

SOUZA-LOBO, E. A classe operária tem dois sexos: trabalho, dominação e resistência. Ed. Brasiliense: São Paulo, 1991.

TOSI, G. Terra e salário para quem trabalha: Um estudo sobre os conflitos sociais no Brejo Paraibano. 1988. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Unidade Acadêmica de Ciências Sociais, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 1988.

Cómo citar

DUARTE, Emmy Lyra; GARCÍA, María Franco.
MOVIMENTOS DE MULHERES TRABALHADORAS NO ESTADO DA PARAÍBA: gênero e autonomia
. InterEspaço: Revista de Geografia e Interdisciplinaridade, v. 1, n. 3, p. 132–151, 8 mar. 2016 Disponível em: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/interespaco/article/view/4439. Acesso em: 25 nov. 2024.

Número

Sección

Organização do Espaço Geográfico