Edificação, ética e subjetividade em Kierkegaard e Pierre Bonhomme
Resumo
O principal problema a ser exposto nesse artigo é a relação entre edificação, ética e subjetividade entre Kierkegaard e Pierre Bonhomme. Nesse sentido, opera-se um deslocamento da categoria da edificação da teologia ou ciência da religião, para a dimensão ética e filosófica com muita originalidade. Os dois autores partem do mesmo ponto para dialogar com a edificação e pretendem chegar ao mesmo telos, porém com métodos diferentes e nessa diferença consiste lugar apropriado para o diálogo e a alteridade. Para os dois pensadores a edificação é a condição da construção do homem interior, para o primeiro, como expõe no prefácio da Doença mortal, a edificação é um tipo de análise psicológica que tem como objetivo despertar e fundamentar o homem interior, para o segundo a edificação corresponde ao testemunho do amor diante do mais próximo e necessitado. A abordagem gira em torno do Cristianismo entendido como crístico, pois superam a perspectiva do cristianismo como doutrina e como movimento histórico. O objetivo principal é deslocar a categoria da edificação de um ponto de vista religioso para uma dimensão eminentemente ética, relacionando-a com a edificação e a subjetividade. Edificar é construir o homem interior. Qualquer um pode interiorizar-se e tornar-se o cavaleiro da exceção, o homem por excelência que assume a responsabilidade do amor como é proposto em As Obras do Amor. A edificação como exposto no prefácio de A Doença para a morte é o alimento e o remédio diante da inautenticidade da vida, e ao mesmo tempo a seriedade ética para transformar a vida em existência.Downloads
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Publicado
2016-10-04
Como Citar
de Almeida, J. M., & Salles, Z. (2016). Edificação, ética e subjetividade em Kierkegaard e Pierre Bonhomme. Revista Húmus, 6(17). Recuperado de https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/5467
Edição
Seção
Artigos