As representações da cultura do narcisismo em ‘O grande Gatsby’ de F. Scott Fitzgerald
DOI:
https://doi.org/10.18764/2595-9549v8n15e23715Palavras-chave:
Cultura do narcisismo, O grande Gatsby, Cidade de Nova Iorque, Capitalismo, Análise socialResumo
Em 1925, o renomado escritor estadunidense Francis Scott Fitzgerald publicou O grande Gatsby, obra que se consolidou como um clássico da literatura dos Estados Unidos da América. Apropriando-se do seu próprio contexto, Fitzgerald demonstra a vida cotidiana e os valores dos citadinos de Nova Iorque na década de 1920, criticando o materialismo desenfreado e expondo a obsessão da sociedade pelas aparências. Como cada época da História da Humanidade expressa
características de adoecimentos – psicológicas e sociológicas – na estrutura da organização social, o romance O grande Gatsby captura o narcisismo como fenômeno social. Assim, sob a perspectiva da análise social, definiu-se como objetivo analisar as representações da cultura do narcisismo em O grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald. Por fim, observou-se que os principais personagens – Gatsby, Daisy, Tom, Myrtle, Jordan e Nick – representam, em diferentes níveis, a cultura do narcisismo naquela sociedade, além de constatar a relação mútua entre capitalismo e narcisismo, que fomenta as sociedades do consumo e do espetáculo representadas no romance.
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