O poliglotismo cultural e a modernidade "líquida” no imaginário simbólico da tríplice fronteira Brasil, Paraguai e Argentina
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-4099v12n30.2022.35Parole chiave:
Tríplice fronteira, Poliglotismo cultural, Modernidade líquida, Imaginário cultural.Abstract
RESUMO
Este artigo investiga a possível confluência de abordagens, sobretudo, entre o “poliglotismo cultural”, nos termos de Renato Janine Ribeiro, quando da proposta de um curso de Humanidades na USP, em 2000, e da “modernidade líquida”, oriunda de Bauman (2001), na chamada Tríplice Fronteira - que reúne Brasil, Paraguai e Argentina -, a partir de Foz do Iguaçu (PR). Essa geografia fronteiriça, considerada a mais expressiva da América do Sul, devido ao intenso fluxo de pessoas e, por extensão, do comércio entre os três países, remete-nos, per se, a um mosaico globalizado, para não dizer pós-moderno, de um “ethos” pluralista e fluido. Justificamo-nos pelo fato de observarmos, nesse quadro das subjetividades humanas, um imaginário complexo, com Gilbert Durand, das representações e uma relativização dos marcos referenciais que, em suma, provoca uma espécie de ceticismo em relação às interpretações de cunho totalizante.
Downloads
Riferimenti bibliografici
BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
CANCLINI, N. C. Culturas híbridas. Estratégias para entrar e sair da Modernidade. São Paulo: EDUSP, 1998.
COELHO, T. Dicionário crítico de política cultural. Cultura e imaginário. São Paulo: Iluminuras, 1997.
COELHO, T. A cultura e seu contrário. Cultura, arte e política pós-2001. São Paulo: Iluminuras, 2008.
COELHO, T. Modernopósmoderno. Modos e versões. São Paulo: Iluminuras, 1995.
DURAND, G. Imaginário. Ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro: Difel, 1998.
DURAND, G. As estruturas antropológicas do imaginário. Introdução à arquetipologia geral. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
ÉSQUILO. Prometeu acorrentado. São Paulo: 1980.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
GIMENEZ, H.M.; LISBOA, M.T.; SILVA, M.A.; DIALLO, M.A. A Tríplice Fronteira como região: Dimensões internacionais. Brazilian Journal of Latin American Studies, [S.l.], v. 17, n. 33, p. 148-167, 2019. Disponível em: https://www.revistasusp.br/prolam/article/view/157693. Acesso em 14/11/2021.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro. Lamparina, 2000.
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do espírito. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista: editora Universitária São Francisco, 2014.
LIMA, C.F.; CARDIN, E.G. Migration and identity on the Brazil-Paraguay border. In:. LOPES, F.A.; BARROS, E.P.; SOUZA, S.A (Orgs). Society, culture and frontiers. Interdisciplinary approaches. Curitiba: Editora CRV, 2020. p.131-150.
MAFFESOLI, M. O tempo das tribos. O declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
MAFFESOLI, M. A contemplação do mundo. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1995.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Clio Editora, 2009.
MOITA LOPES, L.P. Linguística Aplicada e vida contemporânea: problematização dos construtos que têm orientado a pesquisa. Em: MOITA LOPES, L.P. (org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2013.
MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2001.
MORIN, E. Cultura de massas no Século XX: Volume 1 - Neurose. 9ª edição. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
MORIN, E. O cinema ou o homem imaginário. Lisboa: Espelho D´Água, 1997.
NIETZSCHE, F. A origem da tragédia. Lisboa: Guimarães Editores, 2002.
RIBEIRO, R. J. Humanidades. Um novo curso na USP. São Paulo: EDUSP (Editora da Universidade de São Paulo), 2001.
SAID, E.W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
SIMMEL, G. Questões fundamentais de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
SIMMEL. G. O conflito da cultura moderna e outros escritos. São Paulo: Editora Senac, 2013.
WEBER, M. Conceitos básicos de sociologia. São Paulo, Centauro, 2002.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2022 Cadernos Zygmunt Bauman
TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Direitos autorais Cadernos Zygmunt Bauman
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.