EDUCAÇÃO SUPERIOR (ES) COMO BEM PÚBLICO E SOCIAL: tempo e lugar como categorias reflexivas para a produção de conhecimento
Palavras-chave:
Tempo, Lugar, Educação Superior, Saberes decoloniais.Resumo
A produção de conhecimento hegemônico euro/norte/centrado com suas raízes na modernidade/racionalidade ocidental desqualifica toda e qualquer forma de saber que não cumpre com os padrões/métodos estabelecidos pelo paradigma moderno. Partindo dessa compreensão, um dos desafios que se coloca hoje à produção de conhecimento de maneira geral e à Educação Superior em especial é romper com esse padrão de conhecimento e ciência no qual saberes subalternos foram silenciados em nome de uma pretensa democratização do conhecimento e da ciência. O objetivo é deste artigo é problematizar a produção de conhecimento constituinte da ES contemporânea a partir das categorias de Tempo e Lugar. O caminho percorrido em um primeiro momento busca contextualizar e historicizar a produção do conhecimento contemporâneo no contexto da ES, visando construir um cenário que possibilite compreender e tensionar bases epistêmicas do conhecimento e da ciência moderna. No segundo momento as categorias de Tempo e Lugar são revisitadas na sua potencialidade reflexiva para a constituição de um éthos para a cumplicidade subversiva. Por fim, cabem os questionamentos: a ES está disposta a ser um Lugar da cumplicidade subversiva? Essa potencialidade exige uma ressiginificação dos sentidos históricos (temporais) dos processos de consolidação dos saberes eurocentrados? Dessa forma, procuramos, a partir de epistemologias de fronteira, construir reflexões decoloniais em que subjetividades e imaginários são constitutivos de saberes e não podem mais ser silenciados quando se almeja a trilha da ES como bem público e social.
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