David Hume e a necessidade de seguir a filosofia abstrusa na descoberta da província apropriada da razão humana
DOI:
https://doi.org/10.18764/2675-8369v2n2.2024.1Palavras-chave:
Filosofia abstrusa, Filosofia moral, MetafísicaResumo
Uma preocupação recorrente incomoda David Hume (1711-1776) ao longo das suas obras, principalmente nas advertências, prefácios e introduções: a natureza da relação entre filosofia acadêmica e filosofia popular. Mesmo a natureza impondo que não podemos nos dedicar inteiramente aos estudos sem sofrer e adoecer por isso, Hume argumenta que devemos insistir na busca pela verdade, por mais difícil que essa busca seja. Assim, desejar ser homem em meio a toda a nossa filosofia, é uma necessidade e não a um preceito moral. Contra a imagem do Hume cético, defendida por muitos especialistas dessa filosofia, defendo, neste trabalho, a ideia de que a noção predominante não é de que a filosofia apropriada para a humanidade resida num equilíbrio entre a filosofia abstrusa e a filosofia fácil, mas que, apesar das vantagens da filosofia fácil, a verdade somente pode ser encontrada no âmbito da filosofia abstrusa. Assim, há a prevalência da filosofia abstrusa sobre a fácil, enfatizando a importância maior que esse tipo de filosofia tem para o filósofo escocês. Para este fim, textos de diferentes períodos da vida do filósofo são abordados: Um tipo de história da minha vida ou Carta a um médico (1734), a introdução do Livro I do Tratado da natureza humana (1739), bem como a advertência, as páginas iniciais do Livro III e o prefácio da Sinopse (1740), assim como são abordados o ensaio intitulado Sobre escrever ensaios (1742), a seção I da Investigação sobre o entendimento humano (1748) e o ensaio intitulado Do comércio (1752).
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Referências
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