FRONTEIRAS SIMBÓLICAS E (DES)CLASSIFICAÇÃO HIERÁRQUICA DOS “POBRES” NAS MARGENS URBANAS: problematizando versões de moradores(as) de territórios estigmatizados de Fortaleza-CE
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2865.v20nEp281-294Resumo
Este artigo problematiza lutas simbólicas urdidas em torno das re-semantizações de pobreza, com foco em classificações hierárquicas dos “pobres locais” fabricadas por moradores (as) de territórios estigmatizados da região do Grande Bom Jardim, inscritos nas margens de Fortaleza-Ce. Destaco, nesta interpretação crítica, as categorias nativas de “os mais pobres” e “os pobres dos pobres” usadas em suas lutas de classificação e micro táticas de distinção social, demarcatórias de fronteiras simbólicas entre (des)iguais próximos-distantes em seus territórios vividos. A atribuição destas designações-posições entre moradores tangencia a símbolos materiais e imateriais de distinção e/ou reprodução de processos de estigmatizações e segregações sócio espaciais. Consiste em recorte de minha tese de doutorado sobre pobreza e lugar(es) nas margens urbanas, com foco nas lutas simbólicas tecidas territorialmente. Optei pela pesquisa qualitativa, com adoção de recursos teórico-metodológicos da antropologia cultural, articulando observação participante com entrevistas etnográficas, uso de diário de campo e registros fotográficos.
Palavras-chave: Lutas simbólicas, pobreza e margens urbanas.
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