SENTIDOS DE JUVENTUDE NA SOCIOLOGIA E NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2865.v20n1p383-402Resumo
O texto analisa as recentes transformações nos sentidos de juventude na sociologia e nas políticas públicas no Brasil, com o objetivo de compreender as origens intelectuais e institucionais destes sentidos. Destacaa constituição do paradigma do jovem como sujeito social, o qual aparece no âmago de um vasto repertório de ideias no espaço público e acadêmico. As fontes bibliográficas indicam um notável imbricamento entre atores e instituições sociais, políticas e acadêmicas, tendo a juventude e os jovens como seu mote. Aborda alguns dos novos referenciais teóricos e problemas de pesquisa sobre juventude, após breve menção a referenciais clássicos na sociologia da juventude. Entre eles, aqueles que tratam da juventude em uma segunda modernidade, ou modernidade tardia, de onde justamente vai surgir o paradigma do jovem como sujeito social, que tão bem vai servir ao discurso oficial das agências supranacionais de desenvolvimento. Por fim, aponta o perigo dos contrabandos e acomodações intelectuais no campo das pesquisas sociais sobre as juventudes, um humilde chamado ao olhar sociológico crítico e reflexivo.
Palavras-chave: Juventude, Sociologia da juventude, Políticas públicas, Sujeito social.
SOME SENSES OF YOUTH IN THE RESEARCHES AND PUBLIC POLICIES OF CONTEMPORARY BRAZIL Abstract: The paper analyzes the recent changes in the senses of youth in sociology and public policies in Brazil, with the aim of understanding the intellectual and institutional origins of these senses. Highlights the constitution of a paradigm, the young man as a social subject, which appears in the core of a vast repertoire of ideas in public and academic space. Bibliographical sources indicated remarkable merges between actors and social, political and academic institutions that have the youth as its motto. Approaches some of the new theoretical frameworks and research problems on youth, after a brief mention of classical references in the sociology of youth. Among these new standards, those who treat youth in a second modernity or late modernity, where precisely the paradigm of youth as social subjects will emerge, which will well serve as the official discourse of supranational development agencies). It finishes this text with a digression about the danger of smuggling and intellectual accommodations in the field of social research on the youths, a humble call to critical and reflexive sociological imagination. Key words: Youth, Sociology of youth, Public policies, Social subject.
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