OS APINAJÉ E O ISOLAMENTO SOCIAL
mudanças nos trajetos urbanos a partir da pandemia de Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2865.v27n1.2023.11Palavras-chave:
Covid-19, indígenas, trajetos urbanosResumo
Antes do distanciamento e isolamento social por conta do Covid-19, investigávamos - em Tocantinópolis (TO) - a circulação dos indígenas Apinajé pelos comércios da cidade e a presença de alguns como moradores de um povoado rural, em posição intermediária entre a área de reserva indígena e a cidade. Diante dos desafios impostos pela pandemia, a presença dos indígenas na área urbana e rural da cidade sofreu profundas alterações, e tomaram grande importância em nossa investigação. O problema explorado nesse artigo é a compreensão dos efeitos da pandemia do coronavírus nos trajetos e nas relações interétnicas dos Apinajé em Tocantinópolis, que já apresentavam um processo marcado por tensões. Partindo da premissa de que os grupos sociais mais vulneráveis sofreram com maior drasticidade as consequências da pandemia, os dados em nossa pesquisa nos permitiram registrar como isso se deu na dinâmica de um povo indígena na região norte do Brasil. Nossos objetivos foram descrever como esse processo se configurou na relação dos Apinajé com os demais citadinos, assim como identificar as resistências e demais formas de enfrentamentos por parte desse povo para garantir sua sobrevivência diante de tal evento, mantendo assegurada sua circulação pela cidade. Trata-se de uma pesquisa de caráter etnográfico, com recurso a entrevistas
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
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