A antropologia e as experiências escolares indígenas
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v13n25p61-86Palavras-chave:
Antropologia, Interculturalidade, Escolas indígenasResumo
As conquistas legais obtidas pelos povos indígenas na luta pelo direito a uma educação escolar diferenciada são muito recentes. A partir da Constituição Federal de 1988, resultou um detalhamento de leis que anunciam e encaminham possibilidades para uma escola indígena específica, diferenciada, intercultural e bilíngue, reconhecendo o direito dos povos indígenas manterem suas identidades étnicas, fazendo uso de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. Para além do que o Estado passou a denominar de “escola indígena”, buscamos, neste artigo, apresentar distintos “casos etnográficos” em que coletivos indígenas acionam a escola a partir de intencionalidades as mais diversas, informadas por suas epistemologias, regimes próprios de conhecimento e sociocosmologias que, no limite, acabam, por diferentes meios, domesticando a escola e produzindo enfrentamentos e novas demandas para com o Estado. Desta forma, os modos como os indígenas se apropriam da escola produzem aproximações e afastamentos em relação às políticas que o Estado elabora para os povos indígenas, trazem consequências, tensões, desafios tanto para o Estado como para os coletivos indígenas e, do mesmo modo, para a Antropologia.
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