República das Mangas ou sobre o amargo gosto de tudo o que amadurece à força
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v13n25p21-42Palavras-chave:
Etnografia, Escola, Extensão, Educação Básica, BrasíliaResumo
O presente ensaio narra as venturas de um projeto de extensão da Universidade de Brasília, voltado para a pesquisa etnográfica em colaboração com estudantes e professores universitários e de escolas públicas de ensino médio no Distrito Federal. Estimulado por um edital de fomento que visava à “[...] inclusão social, [...] [ao] desenvolvimento da cultura científica [e ao] aprimoramento e [à] atualização de professores e alunos da educação básica”, Um Toque de Mídias provou o amargo sabor de certa inflação de projetos que soterra algumas das escolas que conhecemos. Ao longo de cinco anos, tivemos elementos e tempo para refletir sobre os limites da proposta inicial. Na segunda edição do projeto, ensaiamos algumas soluções para os becos sem saída experimentados na primeira fase. Percebemos a urgência de se reconhecer o abismo que separa a escola da universidade pública, de torná-lo conhecido de todos e de repensar propostas paliativas que dificilmente encaram o racismo e a desigualdade como desafios cruciais.
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