Indústria e desenvolvimento: efeitos da reinvenção de um território produtivo no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v12n24p117-142Palavras-chave:
Territórios produtivos, Rio de Janeiro, Indústria automotiva, Empresas multinacionais, Mercado de trabalho, Desenvolvimento regionalResumo
Duas décadas se passaram – 1996-2015 – desde que o Sul Fluminense, região do Rio de Janeiro amplamente conhecida pela produção siderúrgica desde 1946, passou por uma reconfiguração de seu parque industrial com a implantação de fábricas da indústria automotiva. O impacto dos novos investimentos alterou substantivamente as atividades econômicas, políticas e administrativas regionais e fez crescer o mercado de trabalho formal, o ritmo de obras da construção civil e os recursos arrecadados pelos municípios. Incentivou também um debate sobre um projeto de desenvolvimento regional que explorasse a vocação metalmecânica introduzida pela vinda das grandes empresas e de suas fornecedoras. O texto pretende identificar e problematizar a “reinvenção” desse território produtivo já industrializado, tomando como base dados estatísticos que apontam melhorias em índices econômicos, sociais e do mercado de trabalho, mas também confirmam o uso sistemático de mão de obra barata como característica marcante das estratégias empresariais; e sugere uma discussão sobre a capacidade de interferência de empresas que fazem parte de “redes globais de produção” em processos de desenvolvimento regional, de modo a revelar um complexo conjunto de motivações e interesses associados a esses territórios produtivos, questionando qualquer análise unilateral sobre esses processos.
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