Contingência: A sensibilidade do possível

Autores

  • Franz Josef Bruseke Universidade Federal de Sergipe - UFS

Resumo

Há aproximadamente duas décadas assistimos, frequentemente alimentado pelo desejo de oferecer novos paradigmas para as ciências em geral e para as ciências sociais em especial uma discussão sobre a afirmação que “algo é como é, mas, também, poderia ser diferente”. Esta constatação - que pode soar para alguém não familiarizado com o assunto mais do que banal - sintetiza, todavia, o significado do conceito de contingência. A discussão sobre este conceito se sobrepõe cada vez mais aos apaixonados debates sobre o caos determinístico, a ambivalência, a hibridez, a não-causalidade, a nãolinearidade, as turbulências, a estoquástica, a emergência, o acontecimento, a aleatoriedade, o risco etc. Assim o conceito de contingência parece ter força suficiente - com sua larga aceitação entre aqueles que participam nas discussões epistemológicas - para ser considerado a chave para um desfecho paradoxal da crise paradigmática mais recente. Sem poder contribuir para este desfecho queremos neste modesto texto apresentar a contingência, seguindo uma formulação de Robert Musil, como a sensibilidade do possível.

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Biografia do Autor

Franz Josef Bruseke, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Mestre (1977) e doutor (1982) em Sociologia pela Westfälische Wilhelms Universität Münster, Alemanha. Foi coordenador de departamento da Volkshochschule Hamm, Alemanha (1982-1987), perito integrado do CIM/GTZ (1987-1990), professor da Universidade Federal do Pará (1987-1997), da Universidade Federal de Santa Catarina (1998-2006). Leciona desde 2006 na Universidade Federal de Sergipe onde é coordenador do Núcleo de pesquisa Sociedade, Ciência e Técnica (SOCITEC)

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Publicado

2012-09-01

Como Citar

Bruseke, F. J. (2012). Contingência: A sensibilidade do possível. Revista Húmus, 2(6). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/1545