POLÍTICAS DE ESTADO NO ESPAÇO AGRÁRIO AMAZÔNICO: a construção da Ferrovia Açailândia (MA) – Barcarena (PA) no quilombo de África e Laranjituba em Moju (PA)
DOI:
https://doi.org/10.18764/2446-6549.v4n12p186-206Palavras-chave:
Tensões Territoriais, Quilombos Amazônicos, Ferrovia, Políticas de EstadoResumo
STATE POLICIES IN AMAZON AGRICULTURAL SPACE: construction of the Açailândia (MA) – Barcarena (PA) railroad in the quilombo of Africa and Laranjituba in Moju (PA)
POLÍTICAS DE ESTADO EN EL ESPACIO AGRARIO AMAZÓNICO: la construcción del Ferrocarril Acailândia (MA) – Barcarena (PA) en el quilombo de África y Laranjituba en Moju (PA)
Focalizamos uma situação empírica, o quilombo de África e Laranjituba no município de Moju (PA), para expor tensões e resistências entre a política concebida no Programa de Investimento em Logística (PIL) e o vivido das comunidades do quilombo. Trata-se de um programa que anuncia, no plano da psicoesfera e da representação, a construção da Ferrovia Açailândia (MA) – Barcarena (PA) que, embora não tenha ganhado forma espacial, já tensiona o lugar. Pretendemos, com isso, refletir sobre a relação entre espaço e política, isto é, a respeito do projeto de logística de transporte, sob forte influência do Estado, e seus efeitos entre as comunidades rurais quilombolas ao lançar o discurso da integração espacial, do desenvolvimento e da inclusão social a partir da interligação de um território com grande potencial mineral. A metodologia analítica adotada considera a existência de uma situação geográfica onde paisagem, configuração territorial e a dinâmica social das populações rurais quilombolas estão interligadas à perspectiva de construção da ferrovia, produzindo dialeticamente estratégias territoriais de resistência. Concluímos que o PIL tem como pressuposto a Amazônia como espaço areal ou vazio, uma vez que, desconsidera a dinâmica do meio ecológico e o território usado pelos gêneros de vida das populações tradicionais e que os povos quilombolas amazônicos, em especial, os de África e Laranjituba, cientes dessa condição, têm encontrado formas criativas de resistir e recriar suas estratégias de produção territorial.
Palavras-chave: Tensões Territoriais; Quilombos Amazônicos; Ferrovia; Políticas de Estado.
ABSTRACT
We focus on an empirical situation, the quilombo of Africa and Laranjituba in the municipality of Moju (PA), to expose tensions and resistances between the policy conceived in the Program of Investment in Logistics (PIL) and the lived one of the communities of the quilombo. It is a program that announces the construction of the Açailândia (MA) - Barcarena (PA) railroad in the area of the psychosphere and representation, which, although it has not gained a spatial form, already stresses the place. We intend, therefore, to reflect on the relationship between space and politics, that is, about the transport logistic project, under strong influence of the State, and its effects among the quilombola rural communities when launching the discourse of spatial integration, development And social inclusion through the interconnection of a territory with great mineral potential. The analytical methodology adopted considers the existence of a geographical situation where landscape, territorial configuration and the social dynamics of quilombola rural populations are interconnected the perspective of construction of the railroad producing dialectically territorial strategies of resistance. We conclude that the PIL assumes the Amazon as an empty or empty space, since it disregards the dynamics of the ecological environment and the territory used by the traditional populations' livelihoods, and that the Amazonian quilombola peoples, especially those in Africa and Laranjituba, aware of this condition, has found creative ways to resist and recreate its territorial production strategies.
Keywords: Territorial Tensions; Amazonian Quilombos; Railroad; State Policies.
RESUMEN
Enfocamos una situación empírica, el quilombo de África y Laranjituba en el municipio de Moju (PA), para exponer tensiones y resistencias entre la política concebida en el Programa de Inversión en Logística (PIL) y el vivido de las comunidades del quilombo. Se trata de un programa que anuncia, en el plano de la psicoesfera y de la representación, la construcción del Ferrocarril Açailândia (MA) - Barcarena (PA) que, aunque no hay aganado forma espacial, ya tensiona el lugar. Pretendemos, con ello, reflexionar sobre la relación entre espacio y política, es decir, acerca del proyecto de logística de transporte, bajo fuerte influencia del Estado, y sus efectos entre las comunidades rurales quilombolas al lanzar el discurso de la integración espacial, del desarrollo y de la inclusión social a partir de la interconexión de un territorio con gran potencial mineral. La metodología analítica adoptada considera la existencia de una situación geográfica donde paisaje, configuración territorial y la dinámica social de las poblaciones rurales quilombolas están interconectadas con la perspectiva de construcción del ferrocarril produciendo dialécticamente estrategias territoriales de resistencia. Concluimos que el PIL tiene como presupuesto la Amazonia como espacio arenal o vacío, ya que, desconsidera la dinámica del medio ecológico y el territorio usado por los géneros de vida de las poblaciones tradicionales y que los pueblos quilombolas amazónicos, en especial los de África y Laranjituba, conscientes de esa condición, ha encontrado formas creativas de resistir y recrear sus estrategias de producción territorial.
Palabras clave: Tensiones Territoriales; Quilombos Amazónicos; Ferrocarril; Políticas de Estado.
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